Doenças que mais atingem o sexo feminino

Confira quais afetam mais mulheres do que homens

Publicado em: 7 de março de 2018  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Você sabia que existem patologias que afetam muito mais as mulheres do que os homens? Seja por questões genéticas ou de estilo de vida, essa lista é grande e merece atenção1,2

Câncer de mama 

É a segunda causa de morte no Brasil, com estimativa de 58 mil novos casos por ano de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer é um tumor causado por uma multiplicação exagerada das células e considerado maligno quando começa a se espalhar e invadir inclusive outros órgãos além da mama. Tem altos níveis de cura quando diagnosticado precocemente; porém, muitas mulheres não realizam o autoexame ou exames periódicos e, quando descobrem o câncer, ele já está em estágio avançado. Fazer o autoexame é fácil, rápido e pode salvar vidas. A mamografia deve ser feita anualmente em mulheres com mais de 40 anos.

Endometriose

Dados da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva revelam que de 10% a 14% das mulheres em idade reprodutiva apresentam a endometriose. Conhecida como “doença da mulher moderna”, o problema acomete principalmente aquelas que estão na casa dos 30 anos, sem filhos, que trabalham e vivem em grandes cidades. São 180 milhões de mulheres no mundo e, apenas no Brasil, seis milhões delas sofrem com essa condição. As causas que levam ao aparecimento da endometriose ainda não são totalmente conhecidas, mas a hereditariedade é um fator que deve ser considerado, já que pacientes que têm mãe ou irmã com endometriose possuem um risco maior de desenvolver a doença. A endometriose lidera as causas de infertilidade entre mulheres acima dos 25 anos. Estima-se que aproximadamente 30% a 40% das pacientes inférteis tenham algum grau de endometriose. Porém, com o tratamento adequado a gravidez torna-se possível.

HPV

O papiloma vírus humano atinge cerca 360 milhões de pessoas no mundo, sendo a quarta causa de morte de mulheres no Brasil, atrás do AVC, infarto e câncer de mama. Por ano, são mais de 18 mil casos e quase 5 mil óbitos. Estudos comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Os exames preventivos, como papanicolau e colposcopia, são indispensáveis para detectar a presença do vírus e tratá-lo adequadamente, evitando agravamentos como o câncer de colo de útero, o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e responsável, anualmente, pela morte de 275 mil mulheres em todo o mundo.

Osteoporose

A osteoporose, que resulta da carência de cálcio no organismo, atinge 10 milhões de pessoas no Brasil. Apesar de ter uma predisposição genética, o estilo de vida também pode agravar o problema – como sedentarismo, alimentação inadequada, fumo, álcool e café em excesso. A prevenção está diretamente ligada a uma dieta rica em cálcio e à prática de exercícios físicos para fortalecer a musculatura.

Alzheimer

Estudos realizados nos EUA demostraram que a variante genética mais comumente associada à doença afeta as mulheres, mas não os homens. Além disso, também são apontadas como fatores para a incidência maior em mulheres: diferenças na anatomia do cérebro, na redução de volume associado à idade e no processo de metabolismo de glicose. Estima-se que aproximadamente 35 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com a doença, sendo 1,2 milhões apenas no Brasil. Como ainda não há cura, esse número que pode chegar a 115 milhões até 2050.

Lúpus

Ainda pouco conhecido pela população, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima 65 mil brasileiros tenham lúpus, sendo que 90% dos casos são mulheres. É uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis por engano e, com o tempo, causa danos à pele, articulações e órgãos como fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Quando diagnosticada, é fundamental que a paciente se previna de infecções, que podem deixar o organismo ainda mais vulnerável.

Esclerose Múltipla

Também é considerada auto-imune, e afeta o sistema nervoso central causando inflamação no cérebro e na medula espinhal. Acomete com mais frequência mulheres brancas e jovens, sendo que os primeiros sintomas aparecem entre os 20 e 40 anos. Apesar de se manifestar em indivíduos que carregam um gene de suscetibilidade, não se trata de uma doença hereditária. Há tratamentos que ajudam a diminuir os sintomas, mas ainda não há cura.



Fontes: 1. Saúde da Mulher no Brasil. Biblioteca Online Governo do Brasil. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 2. Doenças que mais atingem a população feminina. Hospital Estadual de Urgências da Região Sudoeste. Último acesso em 1 de setembro de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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