Doença falciforme

Causada por uma modificação no DNA, a doença é caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos do sangue.

Publicado em: 20 de junho de 2017  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A doença falciforme é causada por uma modificação no DNA. Tem causa genética e hereditária, caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). A doença falciforme recebe este nome porque com essa alteração, o formato do glóbulo, que habitualmente é arredondado, se torna parecido com uma foice, dificultando sua circulação pelos vasos sanguíneos e dificultando o fornecimento de oxigênio para o organismo. A alteração na estrutura da célula faz com que ela se rompa, provocando anemia¹

Apesar de a doença falciforme possuir particularidades e níveis variados de gravidade, ela causa complicações que podem afetar todos os órgãos e sistemas do paciente, provocando uma redução da capacidade de trabalhar e expectativa de vida, além da morbidade². A doença falciforme pode ser identificada ainda na triagem neonatal, com o teste do pezinho.  No artigo Por que fazer o teste do pezinho é importante? estão descriminadas as demais doenças passíveis de diagnóstico precoce identificadas por meio deste teste. Em adultos, o diagnóstico é feito por meio do exame de eletroforese de hemoglobina. O diagnóstico precoce é importante para que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível¹. 

Sintomas¹

Os sintomas da anemia falciforme podem ser diferentes em cada pessoa, aparecendo, geralmente, no segundo ano de vida da criança, sendo os principais: 

  • Dores nos ossos e articulações (em alguns casos, em qualquer parte do corpo), em consequência da obstrução dos vasos sanguíneos, com duração variável. As crises podem acontecer várias vezes ao ano e podem estar associadas a situações como o período menstrual, gravidez, desidratação, tempo frio, entre outros;
  • Infecções, principalmente em crianças, que podem apresentar mais quadros de pneumonias e meningites. Não deixe de vaciná-las para essas patologias, pois ajuda a prevenir complicações;
  • “Síndrome mão-pé” que acomete crianças pequenas com inchaço, dor e vermelhidão nessas áreas; 
  • Úlcera (ferida) de perna, que ocorre a partir da adolescência na região próxima aos tornozelos. Elas podem ser evitadas com o uso de meias grossas e sapatos;
  • “Sequestro do sangue no baço” é quando existe um aprisionamento de sangue no baço levando à diminuição dos glóbulos vermelhos circulantes, com risco de morte, que pode atingir as crianças com anemia falciforme. 
  • Tratamento 

Não existe cura para a doença falciforme, mas sim, um tratamento capaz minimizar as complicações da doença e melhorar a qualidade de vida desses pacientes, baseado em um programa de atenção integral, que tem início ainda bebê e segue por toda a vida, com acompanhamento médico, avaliação periódica e exames laboratoriais para verificação dos índices de hemoglobina e alterações¹.

Conheça mais sobre os Mitos e Verdades sobre doença falciforme e leucemia neste link aqui.

Prevenção³

  • É possível ter algumas atitudes que colaboram com a melhora do estilo de vida:
  • Mantenha um acompanhamento com nutricionista para ter os níveis de vitaminas e sais minerais sempre no recomendado;
  • Cuidados com infecções oportunistas como a salmonela, por exemplo, que pode agravar a condição dos pacientes com anemia falciforme;
  • Tenha uma boa higiene oral, evitando infecções dentárias;
  • Mantenha a vacinação em dia, obedecendo o calendário de vacinação nacional. Vacinas contra o vírus influenza, pneumococo e meningite são obrigatórias, junto com hepatite;
  • Os primeiros sinais da doença, como palidez, aumento do baço e febre, devem ser tratados o mais rápido possível, para identificar o foco de infecção e impedir seu avanço.

 

 

Fontes: 1. Anemia falciforme - Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 11 de junho de 2021. 2. Manual de Diagnóstico e Tratamento de Doença Falciforme – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Último acesso em 11 de junho de 2021. 3. Josefina A. P. Braga – Medidas gerais no tratamento das doenças falciformes. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Último acesso em 11 de junho de 2021.
 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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