26 de junho, dia internacional de combate às drogas

Relatório de 2020 do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) aponta que 269 milhões de pessoas usaram drogas no mundo em 2018

Publicado em: 26 de junho de 2017  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A Organização Mundial da Saúde (ONU) escolheu, em 1987, o dia 26 de junho como o “Dia Internacional de Combate às Drogas”. A data assinala anualmente a preocupante situação mundial em torno do tema. Em seu Relatório Mundial Sobre Drogas 2020, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) mostra que cerca de 269 milhões de pessoas usaram drogas no mundo em 2018 – aumento de 30% em comparação com 20091. Além disso, mais de 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas1

Em meio à pandemia em 2020 por conta da Covid-19, o relatório aponta impactos no mercados de drogas e, embora seus efeitos ainda não sejam totalmente conhecidos, o fechamento de fronteiras e outras restrições relacionadas à pandemia já causaram escassez de drogas nas ruas, levando ao aumento de preços e à redução da pureza1

Estima-se que cerca de 5,7% dos brasileiros sejam dependentes de drogas, índice que representa mais de 8 milhões de pessoas, segundo Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)2. Entre as drogas ilícitas mais utilizados no país estão a maconha, com índice de consumo de 2,5% entre a população adulta e 3,5% entre os adolescentes, e a cocaína, com prevalência de consumo de 1,75%, que supera a dos Estados Unidos e atinge mais de quatro vezes a média mundial (0,4%), de acordo com o relatório da UNODC2.
 
A dependência química é um problema grave, que pode afetar qualquer pessoa. Por isso, estar sempre bem informado é a melhor maneira de evitar que a doença se instale e prejudique uma vida2. Muitas pessoas não entendem o porquê de outros indivíduos se tornarem viciados em drogas. Erroneamente, acredita-se que aqueles que usam drogas carecem de princípios morais ou força de vontade e que eles poderiam interromper o uso dessas substâncias em qualquer momento. Na verdade, o vício em drogas é considerado uma doença complexa e crônica, que requer tratamento2.
 
As drogas mudam o cérebro de uma maneira que torna o abandono dessas substâncias muito difícil, mesmo para aqueles que o desejam2. As alterações cerebrais que ocorrem desafiam o autocontrole da pessoa viciada e interferem em sua capacidade de resistir aos impulsos intensos de consumir drogas2. As mudanças cerebrais podem ser persistentes, razão pela qual o vício em drogas é considerado uma doença crônica, que leva a recaídas, pois quem está em recuperação têm um risco maior de voltar a usar drogas, mesmo depois de anos sem consumir nada2.

As mais exitosas abordagens de prevenção do uso de drogas incluem o papel essencial da família, da escola e da comunidade em geral no fortalecimento de
fatores de proteção que garantam uma infância e uma adolescência saudáveis, livres de riscos e que ofereçam meios viáveis e legítimos de subsistência aos
adultos3. Não existe uma solução única aplicável a todos os contextos, quando tratamos dos desafios do uso problemático de drogas3. Cada comunidade representa um conjunto único de problemas e circunstâncias3. Por isso, as melhores abordagens são aquelas medidas adaptadas às circunstâncias e elaboradas com a participação de todos os setores interessados da sociedade – desde as famílias e escolas até os locais prestadores de serviços de saúde e os operadores da lei3.

 

 

Fontes: 1. Relatório Mundial sobre Drogas 2020: consumo global de drogas aumenta, enquanto COVID-19 impacta mercados, aponta relatório - Site do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Último acesso em 10 de junho de 2021. 2. - Dia Internacional de Combate às Drogas - CURA – Centro de Ultrassonografia e radiologia SA. Último acesso em 10 de junho de 2021. 3. Campanha Mundial Sobre Drogas -  Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC). Último acesso em 10 de junho de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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