Asma tem cura? E quais são os gatilhos?

É uma doença crônica comum que afeta crianças e adultos

Publicado em: 19 de dezembro de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica e a doença pulmonar obstrutiva crônica¹. As principais características dessa doença são dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida¹. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alergias, à poluição ambiental e a mudanças climáticas¹. Além disso, afeta tanto crianças quanto adultos, sendo um problema mundial de saúde e acometendo cerca de 300 milhões de pessoas². Estima-se que no Brasil existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos², tornando-se uma causa importante de faltas escolares e no trabalho².

A asma costuma ser classificada segundo os fatores desencadeadores de sintomas, a gravidade e frequência dos sintomas, ou mesmo de acordo com a resposta aos tratamentos disponíveis³. A inflamação é o aspecto central de muitas doenças crônicas pulmonares, incluindo a asma³

A asma tem cura? 

A asma não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo¹. Por isso, é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal¹.

Em casos extremos e raríssimos, a asma pode matar, principalmente quando a crise está muito intensa e não é feito o tratamento correto¹. Se a pessoa tiver alguma outra complicação clínica (problema de saúde), o corpo pode ficar ainda mais debilitado¹. No surgimento dos primeiros sintomas, procure um médico imediatamente¹.

Quais são as possíveis complicações da asma¹? 

A asma pode desencadear uma série de processos que podem resultar em complicações, algumas graves. As principais são:

  • Capacidade reduzida de se exercitar ou fazer outras atividades;
  • Insônia;
  • Alterações permanentes no funcionamento dos pulmões;
  • Tosse persistente;
  • Dificuldade para respirar, a tal ponto que precise de ajuda (ventilação);
  • Hospitalização e internação por ataques severos de asma;
  • Efeitos colaterais de medicações usadas para controlar a asma;
  • Morte.

O que são gatilhos da asma²? 

São fatores que, quando o asmático é exposto a eles, podem piorar muito a asma ou fazer aparecer sintomas. Alguns gatilhos apenas pioram os sintomas, outros pioram também a inflamação dos brônquios. Os principais gatilhos da asma são:  

Ácaros – organismos microscópicos que se alimentam de descamação da pele humana, de pelos de animais e também do mofo. Os ácaros habitam locais onde há acúmulo de poeira;

Fungos – micro-organismos que crescem a uma temperatura acima de 37ºC e umidade acima de 50%. Casas escuras, úmidas e mal ventiladas são ideais para o crescimento dos fungos;

Pólens – são gatilhos comuns (flores, gramas, árvores) que predominam fora de casa sendo carregados pelo vento. A polinização se dá após uma chuva prolongada, seguida de um clima seco sendo comum na primavera; 

Animais de estimação – os pelos de animais podem piorar a asma, mas o grau e a frequência da exposição é que determinarão os sintomas. Além dos pelos, a descamação da pele do animal, a saliva, a urina e outros tipos de excreções podem ser gatilhos da asma;

Fezes de barata - exposição a fezes pode provocar sintomas de asma;

Infecções virais – algumas infecções virais são capazes de causar sintomas de asma ou de piora, e entre eles o vírus da gripe e do resfriado comum. Alguns asmáticos são mais sensíveis do que outros;

Fumaça de cigarro – a fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. Asmáticos filhos de pais fumantes estão sujeitos a piora dos sintomas e da própria gravidade da asma.

Poluição ambiental – a exposição à poluição do ambiente em geral e poluição do ambiente de trabalho também pode piorar a asma;

Exposição ao ar frio – Ar muito frio e seco pode desencadear sintomas de asma por irritar os brônquios do asmático. Contudo, esse ar tem que ser muito frio, como o que ocorre nos invernos.

Fontes: 1. Ministério da Saúde. Asma: causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. 2017. Último acesso em 10 de dezembro de 2019; 2. Asma – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Último acesso em 10 de dezembro de 2019; 3. Asma: suas origens, seus mecanismos inflamatórios e o papel do corticosteroide – Scielo. Último acesso em 10 de dezembro de 2019. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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