O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) produzido pelo organismo que desempenha funções essenciais, como a produção de hormônio e vitamina D (1). No entanto, o excesso dele é prejudicial à saúde, e pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (1).
No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a causa mais frequente (10% no total) de óbito na população adulta e representa 10% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS) (2). Os dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2016, apontam que o SUS registrou 188,2 mil internações para o tratamento de AVC isquêmico e hemorrágico, além de 40 mil óbitos (2).
Estudos indicam que um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DVC) é a hipercolesterolemia, ou seja, índices elevados de colesterol total (3). Esses levantamentos mostram que a deposição de gordura nas paredes das artérias já começa na infância e ao longo prazo, podem causar alterações no metabolismo lipídico, persistindo até a vida adulta e ocasionando as DVC’s (3).
Os índices de colesterol alto intensificam as chances de desenvolvimento dessas doenças, que elas são potencializadas pela obesidade, tabagismo, hipertensão arterial, hábitos alimentares, histórico familiar e sedentarismo (3).
O colesterol circula no sangue ligado a uma proteína, e esse conjunto (colesterol+proteína) chama-se “lipoproteína”. Estas são classificadas em altas, médicas e baixas – em função da proporção de proteína e gordura em cada uma delas. São elas (4):
- Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) – conhecidas como “mau” colesterol, são elas que são depositadas nas paredes das artérias. Quanto maior o nível no sangue, maior o risco de doença cardiovascular;
- Lipoproteínas de alta densidade (HDL) – conhecidas como colesterol “bom”, elas limpam as artérias, e quanto mais alta forem, menores os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
- Lipoproteínas de muita baixa densidade (VLDL) – semelhantes às LDL, contém mais gorduras e menos proteínas;
- Triglicérides – outro tipo de gordura ligada à VLDL. Uma alimentação rica em açúcares, calorias e álcool eleva seu índice e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Mas, afinal, o que é colesterol e qual é o papel dele? Ele tem duas origens: uma parte é produzida pelo próprio organismo (principalmente o fígado), e a outra é obtida na alimentação (4). Os alimentos que contém maior quantidade de gordura são os produtos de origem animal como carnes, leite e ovos (4).
O colesterol produzido é utilizado em membranas celulares, vitamina D e até mesmo ácidos biliares (4). No entanto, quando a produção é excessiva, ele é depositado nas paredes arteriais, reduzindo a potência dos vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue para os demais órgãos e tecidos (4).
Alguns fatores que influenciam os níveis de colesterol (4):
- Dieta – o consumo excessivo de gordura saturada aumenta os índices. Para isso não acontecer, é essencial controlar a ingestão de produtos de origem animal como carnes gordas, presunto, queijo, manteiga e fastfoods;
- Peso corporal – excesso de peso aumenta o colesterol. Para isso, uma dieta balanceada ajuda a reduzir os níveis de colesterol;
- Atividades físicas – a prática regular de exercícios regula as taxas de colesterol. Para isso, recomenda-se praticar 30 minutos todos os dias;
- Genética – os genes determinam a quantidade de colesterol que cada organismo produz;
- Tabagismo – deixar de fumar ajuda a controlar os níveis de colesterol do organismo.
Para orientar a população sobre bons hábitos alimentares, o Ministério da Saúde elaborou o Guia Alimentar para a População Brasileira (5). Consulte aqui.