Como o cigarro atua no organismo?
Você sabia que os pulmões não são os únicos afetados pelas substâncias do cigarro?
Publicado em: 15 de maio de 2018  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma das principais causas de mortes evitáveis do mundo1. Todos os anos, cerca de 4,9 milhões de pessoas são afetadas por alguma das quase 50 doenças causadas pelo cigarro. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o fumo cause 200 mil mortes por ano – ou 23 pessoas por hora2, seja por doenças relacionadas ao coração, ao pulmão, vasculares ou câncer. Todas as formas de consumo de tabaco são prejudiciais: charuto, cachimbo, rapé, narguilé ou cigarro eletrônico, mas o cigarro tradicional responde por metade das mortes registradas no Brasil2. A partir da primeira tragada, você sabe o que acontece com o corpo e quais os órgãos afetados? 

A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, inclusive 70 cancerígenas. As principais são a nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão. Assim que inalada, a fumaça passa pela boca e garganta, chegando aos pulmões. A nicotina é distribuída pelo sistema circulatório, atingindo o restante do corpo e chegando rapidamente ao cérebro, causando alteração no humor e relaxamento (é considerada um estimulante leve)3,4. Na sequência, a nicotina produz aumento no batimento cardíaco, na pressão arterial, na frequência respiratória e na atividade motora. Algumas pessoas podem sentir também efeitos colaterais, como náuseas, tontura e cefaleia. Ao atingir o sistema digestivo, as substâncias podem provocar contração do estômago, dificultando a digestão3.  

Ao longo do tempo, o organismo desenvolve tolerância e dependência a estas substâncias – os efeitos colaterais podem diminuir, ao mesmo tempo que os danos à saúde podem aumentar. Outras mudanças que podem ser sentidas no organismo são no paladar e no olfato, inclusive na cavidade bucal (língua e dentes)5. Demais sintomas característicos da tolerância surgem em períodos de abstinência, como irritabilidade, prisão de ventre, sudorese, tontura, insônia e dor de cabeça3.

Dicas para ser um ex-fumante6:

    • Nas horas em que a vontade apertar, procure desviar o pensamento para situações boas que tenha vivido ou queira que aconteçam;
    • Diariamente, guarde o dinheiro que gastaria com o cigarro, e conte-o ao final de cada semana. Use o dinheiro para comprar um presente para si ou fazer um programa diferente;
    • Para relaxar, respire fundo pelo nariz e vá contando até seis. Deixe o ar sair lentamente pela boca para esvaziar os pulmões;
    • A recaída não é um fracasso. Comece novamente e fique atento para perceber o que fez você voltar a fumar;
    • Se sentir muita vontade de fumar, pode escovar os dentes, beber água gelada ou comer uma fruta. Manter as mãos ocupadas, por exemplo, com um elástico, ou rabiscar um papel pode ajudar, bem como conversar com alguém;
    • O mais importante é escolher uma data para ser o primeiro dia sem cigarro, e procure programar algo que goste para se distrair e relaxar. 


 

 

 

Fontes:  1. Organização Pan-Americana da Saúde 2. Fundação do Câncer 3. Portal da Saúde 4. Revista IMESC 5. Tobacco use and oral disease - DM Winn Journal of Dental Education Apr 2001, 65 (4) 306-312 6. Secretaria da Saúde (Governo de SP)

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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