Dicas para parar de fumar

O tabagismo é considerado hoje uma doença

Publicado em: 3 de setembro de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) identifica o tabagismo como principal causa de doenças, invalidez e morte que podem ser evitáveis¹. Metade dos usuários de tabaco podem morrer em consequência das doenças causadas pelo fumo¹. Aproximadamente cinco milhões de mortes são atribuídas anualmente ao tabaco e metade dessas mortes ocorre em idade produtiva entre 45-54 anos¹. Até 2030, essas cifras podem duplicar, principalmente em países de baixa renda e menor escolaridade¹. No Brasil, a ocorrência de fumantes na população adulta é em torno de 16%¹. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) calcula que no País 200 mil mortes por ano poderiam ser evitadas se as pessoas não fumassem¹.

tabagismo é considerado hoje como uma doença, de dependência química à droga nicotina, e não apenas uma opção de estilo de vida¹. Pelas reconhecidas consequências do tabagismo à saúde humana, o tratamento deve ser valorizado da mesma forma que o tratamento para hipertensão ou diabetes¹. Se o fumante tem dificuldades em deixar de fumarele necessitará de uma abordagem semelhante à utilizada no combate de outras dependências químicas. 

Como ocorre em qualquer outra dependência, ao tentar deixar de fumar, o paciente poderá ter sintomas da síndrome de abstinência (irritabilidade, ansiedade, depressão, falta de concentração, tonturas, cefaleia e distúrbios do sono), dependência psicológica com forte compulsão para repetir o uso da nicotina¹.  

Dicas para parar de fumar¹ 

    • Marcar o Dia D - definir uma data que será o primeiro dia sem cigarros. É importante não deixar cigarros facilmente acessíveis a partir dele; 
    • Beber água - andar com uma garrafinha e ingerir aproximadamente 3 litros de água por dia. A água desempenha papel fundamental no tratamento de qualquer dependência química, diminuindo as fissuras. Evita a constipação intestinal, que pode ocorrer nos primeiros dias sem nicotina; 
    • Iniciar uma atividade física pode ser fonte de prazer alternativa ao prazer proporcionado pela droga. Ajuda a aliviar o estresse e contribui para evitar o ganho de peso após a cessação do tabagismo, ajudando na manutenção da abstinência; 
    • Ingerir alimentos pouco calóricos e ricos em fibras - frutas e verduras devem estar disponíveis durante o processo de parada, pois são opções mais saudáveis, ajudando a controlar o ganho de peso e ativar o intestino; 
    • Relaxar - respirar profundamente e usar técnicas de relaxamento podem ajudar nos momentos de fissura; 

Tratamento 

O tratamento da dependência à nicotina tem como base uma abordagem cognitiva e comportamental, definida como um modelo de intervenção centrado na mudança de crenças e comportamentos. Em relação ao tabagismo, a abordagem deve ter como objetivo a detecção de situações de risco que levam o indivíduo a fumar, e o desenvolvimento de estratégias para enfrentamento dessas situações, visando não só a cessação do tabagismo, mas também a prevenção de recaídas2. Em casos específicos podem ser utilizados medicamentos que servem de apoio a essa abordagem. O uso de medicamentos tem um papel decisivo no processo para parar de fumar, que é o de minimizar os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina. Portanto, qualquer medicamento não deve ser utilizado isoladamente, e sim em associação à abordagem ao tabagista. Dentre alguns benefícios em parar de fumar, destaca-se: 

  • A função pulmonar melhora após dois a três meses;
  • O risco de câncer de pulmão reduz em 30 a 50%;
  • O risco de DPOC - doença pulmonar obstrutiva crônica - diminui, assim como o risco de resfriados, gripes, bronquite e pneumonia;
  • A tosse, cansaço, falta de ar e congestão dos seios faciais diminui após dois a três meses;
  • Diminui o risco de câncer de laringe e de doenças cardiovasculares, úlcera péptica, câncer de boca, esôfago, bexiga, rim, estômago, pâncreas e câncer de colo de útero. 
 
 
 
Fontes:  1. Doenças respiratórias crônicas – Ministério da Saúde. 2010. Último acesso em 14 de agosto de 2019.  2. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DEPENDÊNCIA À NICOTINA – Governo do Estado de São Paulo. Último acesso em 14 de agosto de 2019.  
Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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