Alergias

Você sabe quais são as principais alergias e quais os gatilhos que desencadeiam esta reação?

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Algumas características típicas do clima durante o outono e o inverno, como a baixa umidade do ar, por exemplo, favorece o aumento de alergias respiratórias e de pele, principalmente em crianças, idosos e portadores de doenças crônicas¹. Por isso, no dia 08 de julho foi instituído o Dia Mundial da Alergia, a fim de conscientizar a população sobre cuidados a serem tomados para evitar piora dos quadros alérgicos neste período. 

Alergia é uma reação de hipersensibilidade do sistema imunológico após o contato com algum alérgeno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), centenas de milhões de pessoas de todas as idades sofrem dessas alergias respiratórias em todos os países. A rinite alérgica pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas e é um problema global de saúde pública, acometendo cerca de 20 a 25% da população em geral². No Brasil, as alergias afetam cerca de 30% da população, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), sendo 20% crianças³.

As alergias podem se manifestar de diversas maneiras, como:

   Asma: É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Fatores ambientais, como exposição à poeira, infecções virais, agentes causadores de alergias como ácaros, pólen, pelo de animais, fumaça de cigarro, irritantes químicos e poluição ambiental, mudanças climáticas, exercícios físicos, estresse emocional e até mesmo alguns tipos de medicamentos são os principais causadores da asma⁴. Saiba mais em Como combater a asma?.

   Rinite alérgica: É a inflamação da mucosa nasal. Os sintomas são obstrução nasal, espirros e prurido nasal. Entre os desencadeantes estão os aeroalérgenos, como ácaros de poeira, fungos, baratas, animais, polens e outras coisas como trigo, poeira de madeira, detergentes ou látex e/ou os irritantes ou poluentes, como a fumaça de cigarro, poluentes ambientais, ozônio, óxidos do nitrogênio e dióxido de enxofre⁵. Mais informações em Rinite alérgica.

   Sinusite alérgica: Inflamação dos seios nasais, região do crânio formada por maçãs do rosto, olhos e área ao redor do nariz. Caudas por agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, e fatores alérgicos. Leia mais em Sinusite alérgica.

   Alergia dermatológica⁶: Este tipo manifesta-se na pele e pode acontecer, principalmente, em pessoas com tendência hereditária. As principais são: 

  • Dermatite atópica: lesões inflamatórias crônicas e/ou recorrentes acompanhadas de coceira intensa. Podem se classificar em casos leves, com discreto acometimento da pele ou graves, com lesões intensas e disseminadas.
  • Dermatite de contato: limita-se na área que entrou em contato com o alérgeno.
  • Urticária: lesões em forma de placas avermelhadas que coçam.
  • Angioedema: quando atinge a camada mais profunda da pele ou lábios, pálpebras, mãos, pés, área genital e face.

   Alergia a medicamentos: É um tipo de reação adversa a medicamentos devido à hipersensibilidade caracterizada pela resposta do sistema imunológico ao fármaco⁷. Pode ser causada por medicamentos como alguns antibióticos (penicilina), antiinflamatórios, anestésicos, contrastes contendo iodo, insulina, entre outros⁸.

   Alergias alimentares: Ocorre quando há uma reação adversa do organismo a determinados alimentos. Os mais comuns que podem provocar algum tipo de reação são o leite de vaca, clara de ovo, o trigo, frutos do mar e soja³.

   Alergia a picadas de insetos: A reação alérgica pode acontecer devido ao veneno da picada de abelhas, marimbondos, vespas etc⁸.

Alergia ao pólen, ácaros e fungos também são comuns⁶. 

Sintomas

Os sintomas de alergia, dependendo do fator desencadeador, podem afetar as vias aéreas, passagens e seios nasais, pele e sistema digestivo. Os sintomas variam de acordo com a alergia do indivíduo e podem ser divididos em leve, moderado e grave.

Prevenção²

Para prevenir as reações alérgicas é preciso evitar ao máximo os agentes alérgenos, como ácaros, poeira, pelos, etc. Por isso, é aconselhado retirar tapetes e cortinas da casa, manter os ambientes limpos e arejados, evitar o fumo e manter uma vida saudável. Outra dica importante é tomar sol, pois a vitamina D está relacionada ao cuidado de uma série de doenças do aparelho imunológico.

Choque anafilático⁸

É a forma mais grave de uma reação alérgica. Os sinais podem acontecer logo após o contato com o agente ou até uma hora depois. É preciso tratamento imediato para evitar a morte. Os principais sinais de um choque anafilático são:

  • dificuldade para respirar, acompanhado de chiados no peito e tosse;
  • dor no estômago, náusea e vômito;
  • lábios, língua ou garganta inchados;
  • pele pálida, fria e úmida;
  • placas altas e com coceira na pele (urticária);
  • tontura, confusão mental, perda da consciência e a sensação de desmaio;
  • parada cardíaca.

 

Fontes: 1. Previna-se das doenças típicas do outono - Portal de Notícias da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Último acesso em 25 de junho de 2021. 2. Saiba como prevenir as alergias - Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 05 de maio de 2020. 3. Campanha nacional de prevenção das doenças alérgicas - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Último acesso em 25 de junho de 2021. 4. Asma: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção – Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 25 de junho de 2021. 5. III Consenso Brasileiro sobre Rinites. 2012. Associação Médica Brasileira. Último acesso em 25 de junho de 2021. 6. A doença do Século XXI Alergias Perguntas e Respostas - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Último acesso em 25 de junho de 2021. 7. Prevenção de erros de medicação associados a reações alérgicas a medicamentos. Instituto para práticas seguras no uso de medicamentos. Último acesso em 25 de junho de 2021. 8. Choque anafilático. Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 25 de junho de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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