Cálculo renal

Doença frequente que acomete mais homens que mulheres, ela pode estar localizada nos rins, ureter, bexiga e uretra

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Cálculo renal é uma doença frequente que acomete mais homens que mulheres (atualmente em proporção inferior a 2 para 1) e pode estar localizada nos rins, ureter, bexiga e uretra¹. A recorrência da doença é comum e aproximadamente 50% dos pacientes apresentarão um segundo episódio de cálculo, após 5 a 10 anos do primeiro, se não forem submetidos a nenhum tipo de tratamento¹. Aproximadamente 75-80% dos pacientes apresentam cálculos de cálcio¹. Os outros tipos principais incluem cálculos de ácido úrico, estruvita (fosfato de amônio magnesiano) e cistina. O mesmo paciente pode ter um cálculo misto¹. 

Causas 

As causas da formação de cálculos são pouco conhecidas. Embora certos alimentos possam gerar a formação de cálculos em pessoas que são susceptíveis, cientistas ¹não acreditam que algum tipo de alimento cause cálculos em pessoas não susceptíveis².  

Sintomas 

Pacientes podem apresentar sintomas clássicos como cólica renal e hematúria, porém outros podem ter sintomas atípicos como dor abdominal, náusea, alteração de jato urinário, dor no pênis ou testículo¹. Classicamente quando o cálculo está no cálice renal e apresenta pequeno volume, costuma ser assintomático, causando somente hematúria microscópica¹. Quando dispostos na pelve renal, podem causar abrasão na movimentação, levando a dor lombar¹A dor em cólica em maior intensidade, caracterizada pela cólica renal, ocorre após obstrução do fluxo urinário¹. A dor pode irradiar-se da região lombar para flanco ou também para testículos/grande lábio homolateral¹. É acompanhada de náusea, vômito e plenitude abdominal, podendo ocorrer hematúria macroscópica no episódio de dor¹  

Diagnóstico 

O diagnóstico é feito mais comumente pelo raio-x de abdômen ou pela ecografia de vias urinárias¹. Se um dos exames for negativo (raio-x ou ecografia), sugere-se solicitar o outro exame caso a dúvida persista¹. O exame de maior probabilidade de identificar o cálculo é a tomografia computadorizada helicoidal sem contraste, porém tem a desvantagem de exposição à irradiação e acesso restrito¹. Em resumo, apesar de a tomografia computadorizada ter mais sensibilidade e especificidade que a urografia excretora ou a ultrassonografia, a ultrassonografia é capaz de detectar praticamente todas as pessoas que não eliminaram o cálculo urinário espontaneamente¹.  

Prevenção 

A maneira mais comum de se prevenir o cálculo renal é através de meios saudáveis como exercícios físicos, ingestão de água e dietas rica em frutas e vegetais que contenham potássio como, abacate, banana, beterraba, batata e alimentos à base de soja³. A ingestão de cálcio em forma de alimento não pode ultrapassar de 800 a 1.200 mg/dia³. Alimentos ricos em vitamina C devem ser consumidos moderadamente entre eles estão a acerola, caju, goiaba, manga, mamão, morango, laranja, limão e tangerina, folhas vegetais cruas e tomates³O consumo de alimentos enlatados e/ou condimentados devem ser evitados, assim como, o excesso de proteína animal. Espinafre, ruibarbo, amendoim, amêndoa e o cacau apresentam alto teor de oxalato e devem ser evitados também³  

Tratamento 

A maioria dos pacientes podem ser tradados conservadoramente com analgesia durante o episódio agudo¹. Tratamento inicial da cólica renal é realizado com analgésico potente opiáceo ou anti-inflamatórios não esteroides (AINE)¹. Hidratação forçada na cólica renal aguda não é indicada¹Deve-se encaminhar para tratamento hospitalar de urgência os pacientes sem controle adequado da dor, se existir a possibilidade de gravidez ectópica (mulher em idade fértil com atraso menstrual) ou aneurisma de aorta, infecção urinária, com suspeita de obstrução em rim único e/ou com diminuição da secreção urinária¹. É pouco provável que cálculos ureterais maiores que 10 mm sejam expelidos¹. Portanto, nesses casos, a avaliação com o urologista é necessária¹Para cálculos ureterais menores ou iguais a 10 mm em pacientes que apresentam sintomas controláveis e não apresentam razão para remoção cirúrgica imediata, o acompanhamento pode ser conservador com analgesia e terapia medicamentosa que aumenta a probabilidade de liberação do cálculo¹

 

Fontes: 1. Litíase Renal. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Último acesso em 24 de agosto de 2021. 2. Pedras nos Rins. Instituto De Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais. Último acesso em 24 de agosto de 2021. 3. Prevenção de litíase renal com mudança de hábitos de vida e dietéticos. Universidade Camilo Castelo Branco. Último acesso em 24 de agosto de 2021. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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