Escleorose múltipla | Conheça essa doença neurológica

Doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central, e contribui para uma deficiência neurológica

Publicado em: 31 de agosto de 2017  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens, a esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central, que contribui para uma deficiência neurológica e, com o passar dos anos, para a invalidez1. O problema ocorre quando o organismo ataca de forma anômala uma fração da mielina, substância que compõe o sistema nervoso central, causando a desmielinização focal. De causas desconhecidas, a doença tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, trazendo evoluções na qualidade de vida dos pacientes, geralmente jovens, especialmente entre mulheres de 20 a 40 anos1.

Como ela ocorre? As placas inflamatórias são formadas e destroem a camada que recobre e isola as fibras nervosas (camada de mielina) do Sistema Nervoso Central, podendo se manifestar por diversos sintomas como:

  • Fadiga intensa;
  • Distúrbios de linguagem;
  • Alteração visual;
  • Depressão;
  • Fraqueza ou dormência muscular;
  • Alteração do equilíbrio da coordenação motora;
  • Dores articulares;
  • Disfunção intestinal e da bexiga.

A esclerose múltipla não tem cura e nem tratamento preventivo. Apenas medicamentos são utilizados para diminuir o impacto dos surtos. Mas um estudo clínico recente mostrou que a intervenção precoce com medicamento é capaz de melhorar a função cognitiva de pacientes com até dois anos de diagnóstico da doença.

Causas possíveis e formas de esclerose

Apesar de não conhecidas com exatidão, as causas podem ter a ver com predisposição genética, já que alguns genes já foram identificados e eles regulam o sistema imunológico; e uma combinação de fatores ambientais, considerados possíveis gatilhos para a doença3. Níveis baixos de vitamina D, pouca exposição ao sol, obesidade, exposição a solventes orgânicos e infecções virais são alguns desses gatilhos3. Existem três formas de esclerose, relativas ao tempo da doença, sendo a primeira chamada de remitente-recorrente, com cerca de 85% dos casos, e ocorre nos primeiros anos da doença, sendo que o paciente, com tratamento, pode apresentar melhora substancial3. Perto de 10 anos depois, o paciente pode evoluir para a segunda forma, chamada secundária progressiva, em que os pacientes não se recuperam mais plenamente dos surtos e apresentam sequelas. E em 10% ela evolui para a terceira forma, a progressiva primária, com piora dos surtos3.

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que existam 40 mil brasileiros com a doença1. Fique atento a qualquer sinal da doença e procure um médico especializado.

 

 

Fontes: 1. O que é a Esclerose Múltipla. ABEM. Último acesso em 16 de junho de 2021. 2. Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla. ABEM.  Último acesso em 16 de junho de 2021. 3. Esclerose Múltipla. Artigo do Hospital Israelita Albert Einstein. Último acesso em 16 de junho de 2021.

 



Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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