Espondilite anquilosante

Faz parte das “espondiartrites”, que são caracterizadas pela inflamação das articulações da coluna

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A espondite anquilosante é uma condiução reumática crônica, causada por uma inflamação que afeta o esqueleto axial (as articulações existentes entre as vértebras) e as sacroilíacas (articulações que ficam entre o sacro e os ossos da bacia)1. Atinge três a cada mil pessoas acima de 12 anos2.  Ela faz parte do grupo das “espondiartrites”, que são caracterizadas pela inflamação das articulações da coluna1. Normalmente, são mais afetados homens e jovens entre 15 e 30 anos, e a manifestação em pessoas acima de 45 anos é rara1. 

Causas 

A causa específica ainda não é totalmente conhecida, mas sabe-se que não é infecciosa e nem contagiosa1. O excesso de peso pode agravar seus sintomas, e o risco de desenvolvimento é de cerca de 20% a 30% entre os familiares de primeiro grau que possuem a enfermidade1. 

Sintomas 

É conhecida pelas dores na coluna e a dificuldade de se mover 1. Outros sintomas relacionados à espondilite são1: 

  • Rigidez: dificuldade de mover a coluna, principalmente ao acordar; 
  • Dorsalgia inflamatória: dores intensas na coluna dorsal, que pode atingir também o tórax; 
  • Lombalgia inflamatória: dores na lombar – intensas de manhã e à noite -, dificuldade de encontrar posição de alívio e que melhoram com exercícios; 
  • Pseudo ciatalgia: dores nos glúteos que pode atingir também a porte posterior das coxas, podendo alternar entre o lado direito e esquerdo; 
  • Talalgias: dores na região do calcanhar; 
  • Tendinites: atinge normalmente o tendão de Aquiles e o tendão rotuliano (à frente do joelho); 
  • Artrite periférica: inflamação das articulações, principalmente na anca, joelho e tornozelo;
  • Olho vermelho 

Diagnóstico 

Existem alguns critérios utilizados para chegar ao diagnóstico3: 

  • Dor na lombar que dure mais de 3 meses e que apresente melhora com o exercício (não avaliada em repouso); 
  • Limitação da lombar quando o indivíduo está de frente; 
  • Limitação na capacidade de expansão do tórax. 

Com isso, é possível realizar alguns exames radiográficos, que vão avaliar critérios e graus para diferentes doenças e sintomas3. 

Tratamento 

A espondilite anquilosante não tem cura1, mas é possível seguir uma rotina para melhor qualidade de vida1. O tratamento é formado pelo uso de medicamentos, fisioterapia, correção de postura e exercícios, que são adaptados em cada caso1 . No entanto, somente um médico especializado pode identificar os sintomas e a melhor forma de tratamento para cada paciente. 



Fontes: 1. Manual Informativo para o Doente com Espondilite Anquilosante. Lurdes Narciso. 2012. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 2. Manual da Espondilite (anquilosante). ANEA – Associação Nacional da Espondilite Anquilosante. ROCHA, Filipe G. 2002. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 3. Consenso Brasileiro de Espondiloartropatias: Espondilite Anquilosante e Artrite Psoriásica. Diagnóstico e Tratamento – Primeira Revisão. Scielo. 2007. Último acesso em 1 de setembro de 2021. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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