Fevereiro Roxo – Alzheimer

Este mês é também conhecido pela conscientização da doença

Publicado em: 14 de fevereiro de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O mês de fevereiro é também conhecido pela conscientização da Doença de Alzheimer¹. O lema da iniciativa é Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto’¹. A doença foi descoberta em 1906 e o Alzheimer geralmente se manifesta a partir dos 60 anos de idade¹ 

Em suma, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais².  A doença é mais frequente associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em uma eventual incapacitação³. Em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença³ 

Além das dificuldades de atenção e fluência verbal, outras funções cognitivas deterioram à medida que a doença evolui, entre elas a capacidade de fazer cálculos, as habilidades visuais e espaciais, e a capacidade de usar objetos comuns e ferramentas³. O grau de vigília e a lucidez do paciente não são afetados até a doença estar muito avançada³. A fraqueza motora também não é observada, embora as contraturas musculares sejam uma característica quase universal nos estágios avançados da doença³.  

Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes². 

Causa² 

A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população. Além disso, costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios: 

    • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; 
    • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia;
    • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal; dificuldade para comer; deficiência motora progressiva;
    • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito; mutismo; dor à deglutição e infecções intercorrentes. 

Sintomas² 

O primeiro sintoma, e o mais característico é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo. Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão: 

    • Falta de memória para acontecimentos recentes; 
    • Repetição da mesma pergunta várias vezes; 
    • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; 
    • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; 
    • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
    • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais; 
    • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. 

Diagnóstico² 

O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue. 

O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de viso espaciais, que é a percepção de espaço. 

Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença. O Alzheimer pode ser tratado pelo psiquiatra geriatra ou por um neurologista especializado no tratamento da Doença de Alzheimer. 

Tratamento4 

O tratamento da DA deve ser multidisciplinar, envolvendo os diversos sinais e sintomas da doença e suas peculiaridades de condutas. O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.  

Fontes:  1. Fevereiro Roxo conscientiza sobre Alzheimer, lúpus e fibromialgia – Secretaria da Saúde do Distrito Federal – Governo de Goiás. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020. 2. Alzheimer: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção – Ministério da Saúde. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020. 3. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos – Scielo. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020. 4. Protocolo Clínico e Diretrizes  Terapêuticas  - Doença de Alzheimer – Ministério da Saúde. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020.   
Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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