Julho Amarelo: conscientização sobre o câncer ósseo

Além de ser o mês da prevenção e conscientização das hepatites virais, julho também serve como alerta para esse tipo de câncer

Publicado em: 22 de julho de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O “Julho Amarelo” também é o mês da conscientização para o diagnóstico precoce do câncer nos ossos¹, importante para o melhor tratamento das lesões. Os tumores ósseos acontecem a partir do crescimento desordenado de células nos ossos e podem ser benignos ou malignos. Os tumores ósseos malignos também são conhecidos como câncer dos ossos. São considerados relativamente raros quando comparados a outros tipos de câncer como o de mama, próstata e colorretal. Sua classificação é diversa e leva em consideração os tecidos produzidos pelos tumores.

Os mais comuns são²:

Osteossarcoma: frequente na infância e adolescência, está associado a dor local e em alterações ósseas. Devido a sua maior prevalência ser nas pernas, a alteração na marcha é uma das principais queixas. O tratamento é feito com quimioterapia e pode incluir uma possível cirurgia³.

Condossarcoma – o tecido fundamental desse tipo de tumor é formado por cartilagem. Acomete principalmente adultos com mais de 30 anos, mulheres, e aparece com mais frequência em ossos longos e da pelve².

Tumor de Ewing (Sarcoma de Ewing) – Também frequente na infância e adolescência, é um câncer altamente agressivo e que pode surgir também em tecidos de partes moles (músculos, cartilagens). Os sintomas são inchaço no local, dor óssea - que pode piorar à noite, febre sem causa conhecida, perda de peso e cansaço4.

Os tumores ósseos malignos também se encontram como: histiocitoma fibroso maligno, fibrossarcoma, tumor ósseo de células gigantes, cordoma e, por fim, como linfoma não-Hodgkin e mieloma múltiplo². O diagnóstico é feito pelo médico especialista por meio de exames como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea (mapeamento ósseo). A realização da biópsia também pode ser avaliada. Ela consiste em uma incisão que retira um pequeno fragmento do tumor para avaliação, que ajuda a identificar seu tipo e se é benigno ou maligno. O tratamento depende de alguns fatores, como característica, tamanho e local, mas os principais métodos terapêuticos são as sessões de quimioterapia, radioterapia e/ou cirurgia para retirada do tumor².

Nem todo tumor é câncer

Observação importante sobre a diferença entre tumor e câncer: Nem todo tumor é um câncer. Quando um tumor (que corresponde ao aumento de volume observado em uma determinada parte do corpo) se dá por crescimento do número de células, é chamado neoplasia (benigna ou maligna). Quando essa neoplasia é maligna é considerada câncer. As neoplasias benignas têm seu crescimento de forma organizada, em geral lento, com limites bem nítidos. Não invadem os tecidos vizinhos ou desenvolvem metástases5.



Fontes: 1. Julho Amarelo também é o mês de Conscientização do Câncer Ósseo. Hospitais Universitários Federais Ministério da Educação. Último acesso em 21 de julho de 2021. 2. A Ortopedia e a sua Saúde. Tumores Ósseos Malignos. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Último acesso em 21 de julho de 2021. 3. Osteossarcoma. Instituto Nacional do Câncer. Último acesso em 21 de julho de 2021. 4. Sarcoma de Ewing. Instituto Nacional do Câncer.  Último acesso em 21 de julho de 2021. 5. Perguntas frequentes -Todo tumor é câncer? – Instituto Nacional do Câncer. Último acesso em 21 de julho de 2021.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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