Lúpus

A lúpus não tem cura, mas os sintomas podem melhorar, se o tratamento começar cedo

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Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, ou seja, que faz com que o organismo tenha reações contra suas próprias células, danificando órgãos internos e/ou a pele1. É rara: atinge de 1 a 22 indivíduos a cada 100.000 pelo mundo, e no Brasil a incidência é de 8,7 casos a cada 100.000 pessoas2. Ocorre com maior frequência (entre 9 a 10 vezes mais) em mulheres durante a idade reprodutiva (entre 15 e 45 anos)2. Seu índice de mortalidade é de cerca de 3 a 5 vezes maior que na população geral2. Isso acontece por conta da atividade inflamatória da doença, principalmente quando atinge o sistema nervoso central2. Embora ainda não tenha sido descoberta a cura, os tratamentos ajudam a melhorar a qualidade de vida ao diminuir as crises e sintomas.

Causas 

As causas são pouco conhecidas, mas fatores genéticos, ambientais, hormonais e imunológicos podem colaborar para seu desenvolvimento2. A evolução costuma ser crônica, com períodos de melhora e de piora dos sintomas2.

Sintomas 

Pode se manifestar de diferentes formas, dependendo do órgão que acomete1:  

  Na pele: sensibilidade ao sol em áreas expostas como face, colo e braços;

  Queda dos pêlos - ou dos cabelos, no caso do couro cabeludo;

  Dores nas articulações; 

  Mal-estar;

  Perda de apetite e de peso;

    Quando atinge órgãos internos: dor ou dificuldade para respirar, redução do funcionamento dos rins, desmaios, convulsões e tromboses.

Diagnóstico 

É necessário realizar consulta médica e exames físicos para identificar a doença2. Entre os exames, estão o hemograma completo, exame de urina, níveis de proteína, ureia, creatinina e outros2

Prevenção 

Como ela ocorre por predisposição genética, não existem ações que podem prevenir o seu desenvolvimento1. O diagnóstico precoce é o que mais pode ajudar a minimizar sua propagação e sintomas1. No entanto, existem algumas medidas que podem ser tomadas para proteção do paciente já acometido1

Proteger-se contra o sol – o contato com ele pode levar à atividade da doença; 
Tabagismo – além de aumentar seu desenvolvimento, o cigarro pode diminuir a eficácia dos tratamentos; 
Gravidez – gestantes podem ter sintomas agravados ou até mesmo aborto.  

Tratamento 

O fator mais importante é a proteção solar1. Cada caso deverá ter um tipo de tratamento, que varia desde o uso de medicamentos antimaláricos (para reduzir a inflamação no organismo, como pele, articulação e rins), cremes, injeções locais, imunossupressores (para reduzir a imunidade) até internações hospitalares1.  

A melhor forma de combater e tratar o lúpus é com o acompanhamento médico.  

 

 

Fontes: 1. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Lúpus. Acesso em 15 de janeiro de 2019; 2. Ministério da Saúde – Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Lúpus Erimatoso Sistêmico. 2013. Acesso em 15 de janeiro de 2019.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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