Métodos contraceptivos
Conheça mais sobre as diferentes formas de prevenir uma gestação e converse com seu médico para verificar a melhor opção para você.
Publicado em: 27 de março de 2018  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Métodos contraceptivos ou anticoncepcionais são todos os recursos utilizados por homens e mulheres para evitar a gravidez. São cerca de 20 tipos, que podem ser simples, gratuitos, temporários ou permanentes, de eficácia variada e que também podem ser usados para prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Para saber qual o melhor método anticoncepcional é preciso conversar com um ginecologista, que irá avaliar não só o histórico médico da mulher, seu perfil, sua rotina e se há planos para gravidez. Esse é um primeiro passo para o sucesso da contracepção, já que muitos são de uso prolongado e precisam seguir um calendário. É importante lembrar também que todo método de controle de natalidade está sujeito a falhas. 

Tipos

Os métodos contraceptivos estão divididos em 5 tipos:

Métodos de barreira: são aqueles que formam uma barreira e impedem o encontro dos espermatozoides com o óvulo. Alguns também podem ser eficazes na prevenção de DSTs. Exemplos: preservativos masculinos e femininos, diafragma, esponja vaginal e espermicida.

Métodos hormonais: são aqueles que recorrem ao uso de hormônios para alterar o ciclo da mulher, evitando o período fértil. Não são recomendados para prevenção de DSTs. A pílula anticoncepcional é o melhor exemplo deste método, sendo usado por 62% das mulheres em todo o Brasil, de acordo com o IBGE. Outros exemplos são a Pílula do Dia Seguinte, as opções Injetáveis e de Adesivos, o Implante e o Anel Vaginal.

Métodos intrauterinos: mais conhecidos como DIU (dispositivo intrauterino), são um dos métodos contraceptivos mais seguros, confortáveis e eficazes.

Métodos permanentes: necessitam de cirurgia e têm como objetivo tornar o homem ou a mulher estéreis de forma permanente. Os métodos mais comuns são a vasectomia, para homens e a ligadura das trompas para mulheres. Não oferecem proteção contra DSTs e são os métodos mais eficazes, junto com os métodos intrauterinos.

Métodos alternativos: são os métodos considerados “naturais”, que não requerem uso de hormônio, medicamento ou dispositivo médico para funcionar. A tabelinha é o principal exemplo. Também não oferece proteção contra DSTs e têm os índices mais baixos de efetividade. 

Métodos mais comuns

Dentro de cada tipo podemos considerar os métodos mais comuns de contracepção.

    • Barreira: O preservativo masculino, também chamado de camisinha, é um dos métodos mais populares no mundo, não só por ser eficaz no controle de natalidade como também por prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, tem baixo custo, não necessita de acompanhamento médico e não tem efeitos colaterais relevantes. Para ser mais eficiente é necessário ser usado da maneira correta – caso contrário, seu índice de falhas pula de 2 para 16 a cada 100 mulheres;
    • Hormonal: A pílula anticoncepcional é a opção mais popular de contracepção hormonal entre mulheres. Pode ser benéfica para o controle de cólicas, TPM e acne, e ajuda a reduzir a incidência de câncer de ovário e endométrio. Estão disponíveis no mercado em concentrações diferentes de estrogênio e progesterona, e por isso, devem ser utilizadas somente sob orientação médica. Tem eficácia de até 99% mas requer disciplina, pois precisa ser tomada todos os dias, sem falhas;
    • Intrauterinos: O DIU é um pequeno dispositivo de plástico em formato de T que é implantado no útero da mulher pelo ginecologista e que pode permanecer ali por até 5 ou 10 anos, dificultando a movimentação de espermatozoides em direção ao óvulo. Tem dois tipos principais: a opção com revestimento de cobre e a opção com revestimento de hormônio. É um método de longa duração, reversível, e que tem ganhado popularidade para o tratamento de endometriose;
    • Permanentes: A vasectomia, nos homens, e a ligadura de trompas, nas mulheres, são as duas formas de contracepção permanentes que existem, e geralmente são a última opção oferecida pelo médico por causa da dificuldade da reversão do processo. Na vasectomia, o urologista interrompe a saída de espermatozoides no esperma através de um corte no ducto deferente. É um procedimento cirúrgico simples, que não requer internação.Já a ligadura de trompas, também chamada de laqueadura, interrompe o trajeto que o espermatozoide faria para chegar às trompas e aos óvulos. Pode ser feito com cirurgia ou por via endoscópica;
    • Alternativos: Coito interrompido, tabelinha ou até mesmo abstinência sexual, recursos considerados alternativos e que figuram entre aqueles com maior índice de falha. A tabelinha estima o período fértil da mulher e é usado também por quem está tentando engravidar. Mulheres que tem o ciclo regular conseguem acompanhar e saber quando está acontecendo a ovulação, e assim, evitar relações nos cinco dias anteriores e nas 24 horas a seguir. Contudo, muitas mulheres não têm ciclos regulares, então é impossível saber com antecedência quando serão estes dias a serem evitados. A abstinência é recomendada nos casos em que a mulher está em tratamento médico, por exemplo, e corre o risco de uma gravidez com má-formação fetal. O médico pode recomendar abstinência por alguns dias ou semanas, até que seja seguro novamente.

Eficácia

A eficácia dos métodos contraceptivos depende, em boa parte, do uso adequado pela mulher ou pelo homem. Dentro da modalidade hormonal, as opções injetáveis, o adesivo e o anel vaginal fazem parte de um grupo de elevada taxa de sucesso, já que a renovação pode acontecer a cada 3 meses, por exemplo, no caso do anticoncepcional injetável, com menor risco de esquecer de tomar um dia. Os métodos de barreira estão mais suscetíveis à correta utilização. A camisinha, por exemplo, atinge índices entre 79% e 98% de efetividade, mas o uso incorreto pode causar gestações inesperadas. Entre os métodos contraceptivos com menor taxa de sucesso estão aqueles considerados alternativos, onde é mais difícil avaliar datas e opções seguras. Para coito interrompido, por exemplo, a taxa é de 28 gestações a cada 100 mulheres.

O ideal é sempre conversar com seu médico e parceiro(a) e assim, decidirem em conjunto a melhor opção de contraceptivo.

 

 
 
 
 
Fontes: 1. https://www.nichd.nig.gov/health/topics/contraception/conditioninfo/Pages/types.aspx. 2. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf. 3. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. 4. Manual de Critérios Médicos de Elegibilidade da OMS para Uso de Métodos Anticoncepcionais. 5. Giordano et al. Contraception in adolescents. Adolescência & Saúde. 2009. Opções de Anticoncepção na Adolescência. Organização Pan-americana da Saúde. 2016

 



Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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