O que é a vertigem?
É a sensação de estar girando em torno do ambiente, ou vice-versa.
Publicado em: 4 de dezembro de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A vertigem é a sensação que o paciente tem de estar girando em torno do ambiente, ou vice-versa¹. É denominada objetiva quando a sensação é de que o meio em volta está girando e subjetiva quando a sensação é de que o corpo gira e o meio está ‘parado’². Na maioria das vezes, decorre de lesão ou disfunção do aparelho vestibular, conjunto de estruturas do ouvido interno¹. Porém, pode ser um sinal de doenças mais graves, como acidente vascular cerebral ou alguma neoplasia próxima ao cerebelo¹. 

Vertigem também pode estar presente em patologias como crise epiléptica, alterações oculomotoras, aura de enxaqueca, hipoglicemia, dentre outras². É a forma mais comum de tontura¹. Tinnitus (zumbido) e hipoacusia (redução da acuidade auditiva), e o corpo costuma pender para o lado da lesão vestibular durante a queda, com uma instabilidade que não chega a comprometer a marcha, mas com vertigem intensa, podendo ser acompanhada de prostração, sudorese, palidez, até perda breve da consciência³. Na vertigem central, não há presença de diminuição da audição ou zumbido, porém pode estar associada a outros sintomas neurológicos, como perda de consciência, déficits focais sensitivos ou motores ou dos nervos cranianos, entre outros. A marcha está comprometida, sendo mais comum ocorrer ato involuntário de andar para trás, apesar de a vertigem ser mais branda³.

O diagnóstico da causa de vertigem, central ou periférica, é eminentemente clínico¹. Na recordação, os principais elementos são a duração e a gravidade da sintomatologia¹. É fundamental a realização do exame neurológico, incluindo a pesquisa de movimento rotatório do globo ocular e, eventualmente, a avaliação da acuidade auditiva¹. A vertigem nunca é sintoma permanente e contínuo. As lesões permanentes promovem a adaptação do sistema nervoso central (SNC) com seu desaparecimento em dias ou semanas¹. Pode haver eventualmente a recorrência da sintomatologia. É sempre desencadeada ou agravada por movimentos da cabeça¹. Náuseas e vômitos são queixas comuns em casos agudos, principalmente de vertigem de origem periférica, estando ausentes em manifestações leves e em episódios muito breves¹.

O tratamento da vertigem pode ser dividido em três categorias distintas¹  

1 - Busca de alívio dos sintomas vertiginosos;  

2 - Reabilitação vestibular;  

3 - Específico para doenças subjacentes ao sistema vestibular.  
 
Os medicamentos são utilizados para aliviar os episódios agudos que possuem duração de algumas horas a dias e constituem-se de antialérgicosou fármacos que apresentam o alívio dos sintomas associados ao enjoo, náuseas e vômitos ou até sedativos¹. A resposta à terapêutica instituída é, em geral, dose dependente, constituindo-se a sedação o seu principal efeito colateral¹. Seu uso deve ser interrompido imediatamente após o desaparecimento dos sintomas¹. 

 

 
 
 
 
Fontes: 1. Vertigem central e vertigem periférica – Revista Médica de Minas Gerais. Último acesso no dia 29 de novembro de 2019. 2. Vestibulopatias Periféricas – Fundação Otorrinolaringologia. Último acesso no dia 29 de novembro de 2019. 3. Como fazer o diagnóstico da labirintite na APS? - Ministério da Saúde. Último acesso no dia 29 de novembro de 2019. 

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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