O que é Síndrome Metabólica?

É uma doença da civilização moderna associada à obesidade

Publicado em: 18 de novembro de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna e associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo¹. A valorização da síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença cardiovascular². Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior².

O termo Síndrome Metabólica descreve um conjunto de fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes¹. A Síndrome Metabólica tem como base a resistência à ação da insulina (hormônio responsável pelo metabolismo da glicose), daí também ser conhecida como síndrome de resistência à insulina, em que a insulina age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina e elevando o seu nível no sangue¹. Essa síndrome ainda carece de uma definição melhor estabelecida, mas há uma indicação consensual de que o aumento da pressão arterial, os distúrbios do metabolismo dos glicídios e lipídios e o excesso de peso estão, de forma definitiva, associados ao aumento da morbimortalidade cardiovascular, fato observado não só nos países desenvolvidos, mas também, e de uma forma preocupante, nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos³.

Fatores de risco 

A maioria das pessoas que tem a Síndrome Metabólica sente-se bem e não tem sintomas. Entretanto, elas estão na faixa de risco para o desenvolvimento de doenças graves, como as cardiovasculares e o diabetes¹. A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da Síndrome Metabólica³. Os fatores de risco são¹:  

    • Grande quantidade de gordura abdominal - em homens, cintura com mais de 102 cm e nas mulheres, maior que 88 cm; 
    • Baixo HDL ("bom colesterol") - em homens, menos que 40mg/dl e nas mulheres menos do que 50mg/dl; 
    • Triglicerídeos elevados (nível de gordura no sangue) - 150mg/dl ou superior; 
    • Pressão sanguínea alta - 135/85 mmHg ou superior ou se está utilizando algum medicamento para reduzir a pressão; 
    • Glicose elevada (110mg/dl ou superior). 

Ter três ou mais dos fatores acima é um sinal da presença da resistência insulínica¹. Esta resistência significa que mais insulina do que a quantidade normal está sendo necessária para manter o organismo funcionando e a glicose em níveis normais¹. 

Tratamento 

Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a um maior número de eventos cardiovascularesé fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso²O aumento da atividade física e a perda de peso são as melhores formas de tratamento, mas pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar os fatores de risco¹Sendo assim, um endocrinologista pode avaliar e orientar seu caso especificamente².  Entre os medicamentos necessários estão os chamados sensibilizadores da insulina, que ajudam a baixar a açúcar no sangue, os medicamentos para pressão alta e os para baixar a gordura no sangue¹.  

Prevenção 

Perder peso e praticar alguma atividade física são as melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica. Detectar o problema pode reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas¹.  A atividade física e uma dieta balanceada são determinantes para o balanço energético e controle do peso³. A atividade física regular ou o exercício físico diminuem o risco relacionado a cada componente da Síndrome Metabólica e trazem benefícios substanciais também para outras doenças como, por exemplo, câncer de cólon e câncer de mama³. 

 

 

 

Fontes: 1. Síndrome Metabólica – Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde. Último acesso no dia 13 de novembro de 2019; 2. Síndrome Metabólica -  Sociedade Brasileira. Último acesso no dia 13 de novembro de 2019; 3. I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA – Sociedade Brasileira de cardiologia. Último acesso no dia 13 de novembro de 2019. 

 

 

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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