Obesidade na adolescência

A obesidade na adolescência é um grave problema de saúde pública, confira as causas e como prevenir:

Publicado em: 22 de março de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma epidemia mundial, atingindo crianças, adolescentes e adultos tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento¹. Segundo informações coletadas na Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS), realizada em 2006, 21,6% dos adolescentes entre 15 e 19 anos estavam com excesso de peso, sendo que 4,4% deles se encontravam obesos e apenas 2,2% estavam com déficit de peso². A obesidade na adolescência é um grave problema de saúde pública e é definido como o acúmulo excessivo de gordura no organismo, estando ligado ao desenvolvimento de inúmeras desordens metabólicas, incluindo-se a intolerância à glicose, hiperlipidemia, complicações cardiovasculares e acidente vascular cerebral¹.

Causas 

A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial, ou seja, possui diversas causas. Segundo estudos, em 95% dos casos a obesidade tem forte influência de hábitos e do meio em que a pessoa vive, com destaque para hábitos alimentares, sedentarismo e fatores psicossociais. Os demais casos são divididos entre síndromes genéticas raras e causas endócrinas e secundárias a medicamentos³.  

Diagnóstico 

O diagnóstico de obesidade é feito pelo cálculo do IMC (peso em kg/estatura em m²) e devem ser comparados com as tabelas específicas para adolescentes, que estão disponíveis em https://www.who.int/childgrowth/en/. Via de regra, utiliza-se o percentil 85 para a definição de sobrepeso e 95 para obesidade. Outra avaliação considerada importante é o da circunferência abdominal (CA), que deve ser realizado por profissional da área de saúde. A avaliação laboratorial, a critério do médico, também pode levantar outras causas4. 

Prevenção 

A avaliação psicológica é importante no acompanhamento de adolescentes com grave obesidade, que muitas vezes apresentam sintomas de depressão e ansiedade4. A prevenção é a melhor maneira de controlar essa doença crônica grave. As principais medidas são: 

- Adoção de alimentação saudável, como frutas, verduras e alimentos com baixo teor de gordura; 

- Limitar o consumo de alimentos com muito açúcar; 

- Fazer atividades físicas regulares e adotar um estilo de vida que privilegie, por exemplo, a troca de deslocamentos de carro por bicicleta ou a pé5;  

Tratamento 

O tratamento da obesidade deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar e focada, primeiramente, na mudança de estilo de vida, como a adoção de atividades físicas e de alimentação saudável. A participação e o apoio da família para que o adolescente deixe de ser obeso é fundamental. Existem, ainda, opções medicamentosas e cirúrgicas, que podem ser adotadas segundo critérios médicos4. 

 

 

 
 
 
FONTES: 1. Dâmaso AR. Etiologia da Obesidade. In: Dâmaso AR, coordenador. Obesidade. Rio de Janeiro: Medsi; 2003. p. 3-34. 2. Brasil, Ministério da Saúde (MS). Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher 2006: dimensões do processo reprodutivo e de saúde da criança, Estatística e Informação em Saúde. Brasília: MS; 2009. 3.  Agência Nacional de Saúde Suplementar, manual de Diretrizes para Enfrentamento da Obesidade. 4. Revista NESA (Nucleo de Estudos da Saúde do Adolescente), volume 7, Universidade do Estado de Rio de Janeiro (UERJ). 5. Sociedade Brasileira de Pediatria, Obesidade na Infância e Adolescência: manual de orientação, pag 27 e 28.

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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