Os riscos do tabagismo

O hábito de fumar é responsável por mais mortes do que todas as drogas psicoativas juntas

Publicado em: 10 de junho de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O tabagismo é considerado uma doença crônica, provocada pela dependência à nicotina que está presente nos produtos com tabaco, uma planta (Nicotiana tabacum) que tem suas folhas usadas para fabricá-los. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma das principais causas de mortes evitáveis do mundo, sendo responsável por cerca de 8 milhões de mortes anualmente. No Brasil, mais de 400 morrem diariamente por causas relacionadas ao hábito de fumar. Todas as formas de tabagismo são prejudiciais: charuto, cachimbo, rapé, narguilé, cigarro de palha, dispositivos eletrônicos, cigarrilha, fumo-de-rolo, entre outros¹.
Fatores de risco

A nicotina é uma das drogas psicoativas que mais causam dependência e, juntamente com o álcool, é uma das poucas drogas psicoativas de venda livre – por isso, o cigarro é o responsável por mais mortes que as demais drogas psicoativas juntas², uma vez que, entre todas as drogas psicoativas altamente aditivas, apenas a nicotina e o álcool são legalizados.  O consumo do tabaco é um fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer e está associado a outras doenças, como¹: 

  • Leucemia mielóide aguda;
  • Câncer de bexiga, pâncreas, fígado, colo do útero, esôfago, rim e ureter;
  • Câncer de laringe (cordas vocais), boca, faringe (pescoço), estômago, cólon e reto, câncer de traquéia, brônquios e pulmão;
  • Tuberculose;
  • Infecções respiratórias;
  • Úlcera gastrointestinal;
  • Impotência sexual;
  • Infertilidade em mulheres e homens;
  • Osteoporose;
  • Catarata.        

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Como o tabaco age no organismo

Assim que inalada, a fumaça passa pela boca e garganta, chegando aos pulmões. A nicotina é distribuída pelo sistema circulatório, atingindo o restante do corpo e chegando rapidamente ao cérebro, alterando o Sistema Nervoso Central e produzindo as sensações de prazer. Com o uso contínuo, o cérebro vai precisar de mais doses para manter o nível, fazendo com que a pessoa tenha ainda mais vontade de fumar³.

Efeitos nocivos

Os efeitos nocivos do fumo são causados pelas substâncias presentes no cigarro. Para se ter uma ideia, a fumaça do cigarro tem mais de 4.700 substâncias tóxicas, inclusive 70 cancerígenas, sendo as principais a própria nicotina, o monóxido de carbono e o alcatrão². A nicotina eleva a pressão arterial e aumenta o ritmo dos batimentos cardíacos. Ela também pode provocar náuseas e vômito. A atuação do cigarro no organismo da mulher é ainda pior. Veja neste artigo os “Riscos do tabagismo para mulheres”.
Dicas para ser um ex-fumante

Algumas dicas para parar de fumar podem ser encontradas neste artigo “Dicas para parar de fumar”. Para a pessoa que já parou de fumar e não quer ter recaídas, seguem algumas dicas de como agir quando a vontade de fumar estiver mais forte⁴:

  • Desvie o pensamento para situações tragam boas emoções;
  • Para relaxar, respire fundo pelo nariz, contando até seis e solte o ar pela boca;
  • Guarde o dinheiro que usaria para comprar cigarro e, ao final da semana ou mês, gaste com um presente para si ou faça um programa diferente;
  • Se sentir vontade de fumar, escove os dentes, beba água gelada ou coma uma fruta;
  • Manter as mãos ocupadas com um elástico ou rabiscando um papel pode ajudar;
  • Escolha uma data para ser o 1º dia sem cigarro, e faça algo para se distrair e relaxar;
  • Se tiver uma recaída, não se sinta mal. Pense no gatilho que o fez querer fumar novamente e fique atento às próximas situações.

 

 

Fontes: 1- Tabagismo. Instituto Nacional do Câncer. INCA. Último acesso em 19 de maio de 2021. 2- Os efeitos do tabagismo como fator de risco para doenças cardiovasculares. UNIFIA.  Último acesso em 19 de maio de 2021. 3- Como o cigarro age quimicamente no organismo? INCA. Último acesso em 19 de maio de 2021. 4- Você está querendo parar de fumar? Saúde SP. Último acesso em 19 de maio de 2021.  

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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