Osteoporose
A doença ocasiona a fragilidade e predisposição a quedas e faturas graves.  
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Osteoporose é uma enfermidade osteomuscular que mais acomete a população idosa (1). A doença é caracterizada pela diminuição da consistência mineral óssea, o que ocasiona a fragilidade e predisposição a quedas e faturas graves (1).  


Tem maior prevalência e incidência em mulheres por conta da rápida perda óssea associada a pós-menopausa (1). Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são portadoras da osteoporose (2). No entanto, um homem branco acima de 60 anos tem 25% de chance de ter uma fratura osteoporótica (2). 


 


Causas 


Não existem causas para a doença, mas sim fatores de risco. Entre eles (3): 



  • Indivíduos de raça branca e asiática;  

  • Constituição corpórea pequena; 

  • Mulheres; 

  • Antecedentes familiares; 

  • Idade avançada; 

  • Ingestão inadequada de nutrientes;  

  • Tabagismo; 

  • Sedentarismo; 

  • Uso abusivo de álcool e bebidas cafeinadas; 

  • Menopausa precoce espontânea ou cirúrgica; 

  • Doença de Cushing; 

  • Uso de corticosteroides. 


 


Sintomas 


Geralmente é pouco sintomática, às vezes só se manifesta por uma fratura (2). A dor na lombar é queixa comum, e o espasmo muscular é a principal causa dos sintomas, que podem ser microfraturas (2). 


 


Diagnóstico 


O diagnóstico é feito pela história clínica, exame físico e exames subsidiários (2). No histórico deve ser considerada a idade da menopausa, a presença familiar, hábitos alimentares, atividade física, consumo de café, cigarro e álcool (2).  


Um dos principais exames é a densitometria óssea (exame que verifica a quantidade de massa óssea e avalia o risco de fratura) (2). Além disso, existem exames especiais como a dosagem da 25 OH e da 1,25 di OH (que calculam a dosagem de vitamina D) (2). 


O exame físico avalia a deformidade da coluna – com dados de peso e altura do paciente (2). Os exames subsidiários são os de imagem e os laboratoriais (2). Alguns testes como hermograma completo, VHS, eletroforese de proteínas, provas de função renal, dosagens de cálcio e de fósforo, fosfatase alcalina e calciúria de 24 horas (2).  


 


Prevenção 


Existem algumas formas de prevenir a osteoporose (2): 



  • Ingestão de cálcio e vitamina D; 

  • Prática de atividade física; 

  • Controle do fluxo menstrual; 

  • Reposição hormonal. 


 


Tratamento 


A principal forma de tratamento da osteoporose é com a prevenção da doença (2): 



  • Investir no consumo de cálcio – as necessidades variam conforme a faixa etária. A principal fonte de cálcio é leite e derivados, mas alguns vegetais também possuem o nutriente: espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga. A reposição também pode ser feita com suplementos alimentares; 

  • Aumentar os níveis de ingestão de vitamina D – isso pode ser obtido com a ação de raios ultravioletas e com a ingestão de alimentos que possuem o nutriente; 

  • Reposição hormonal – estrógeno inibe a reabsorção óssea; 

  • Uso de Calcitonina – inibe a reabsorção osteoclástica (células que protegem os ossos); 

  • Administração de Bisfosfonatos – produz aumento da massa óssea; 

  • Ipriflavona – inibe a reabsorção óssea e pode atuar em sua formação; 

  • Fluoreto de sódio – aumenta a mineralização do osso trabecular (responsável por 20% do esqueleto humano); 

  • Atividade física – exercícios de baixo impacto estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção. Exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. 


 


Fontes: 

1 – SANTOS, Giovanna Costa de Paula dos; PINTO, Natalia Rafaela Aparecida; SANTOS, Beatriz Aparecida; BARBOSA, Aliny. A osteoporose e seu acometimento em idosos e sua relação com as quedas. 2017. Disponível em  http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2017/042_osteoporose.pdf  

2- GALI, Julio Cesar. Osteoporose. 2001. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/aob/v9n2/v9n2a07.pdf  

3- LAUTERT, Liana; ALMEIDA, Miriam de Abreu; ARAÚJO, Valéria Giordani; FRANSCICO, Carmem M. C. Osteoporose: a epidemia silenciosa que deve se tornar pública. 1995. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reben/v48n2/v48n2a10.pdf

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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