Dicionário da Saúde | Por: Eurofarma Laboratórios
Também conhecido como Doença de Parkinson, afeta o cérebro e progressivamente prejudica principalmente as funções motoras de uma pessoa, trazendo limitações ao seu cotidiano. É uma das doenças mais frequentes relacionadas ao sistema nervoso, ficando atrás somente da doença de Alzheimer (2), e atinge milhões de pessoas em todo o mundo principalmente entre 50 e 70 anos de idade, sem distinção de raça, sexo ou classe social (2).
Pacientes com Parkinson também podem desenvolver depressão, especialmente quando as funções motora, cognitiva e emocional estão mais afetadas. Por outro lado, pacientes que apresentam demência ou depressão antes do diagnóstico de Parkinson podem ter suas condições agravadas, pois esta condição influencia no tratamento e na receptividade da doença (4).
Com o aumento da expectativa de vida da população, doenças relacionadas à velhice como Parkinson, Alzheimer e Esclerose tem maiores chances de ocorrência e estão próximas de superar o câncer como principal causa de morte nesta faixa etária (6).
Causas
Existem duas hipóteses principais para o aparecimento do Parkinson:
– Fatores Ambientais: neurotoxinas, infecções, medicamentos, hidrocefalia, acidentes traumáticos ou câncer podem desencadear ou contribuir para a degeneração da célula;
– Fatores genéticos: hereditariedade, envelhecimento cerebral e anormalidades mitocondriais.
De qualquer forma, o Parkinson caracteriza-se pelo comprometimento e a diminuição da substância negra no cérebro, que sintetiza a dopamina, neurotransmissor responsável pelo sistema motor.
Sintomas
Os sintomas mais visíveis da doença são aqueles relacionados às funções motoras: tremor, instabilidade na postura, rigidez de articulações e lentidão de movimentos, e acontecem quando a degeneração dos neurônios de dopamina atinge pelo menos 50% do total. A perda da dopamina afeta também o oltato, o sono, o ritmo intestinal e causar cãibras.
Já os sintomas emocionais são caracterizados principalmente pela depressão, sendo o mais frequente entre as doenças relacionadas ao sistema nervoso, tornando-se um fator de risco não só para o diagnóstico como também para o tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por um médico neurologista e se caracteriza principalmente pela apresentação dos sintomas físicos pelo paciente, além da análise de seu histórico médico. Um exame clínico será complementado por exames de imagem, como Ressonância e Tomografia, além de eletroencefalograma e análise do líquido espinhal, para exclusão de outras doenças. Não há um exame específico para diagnóstico da doença de Parkinson (3).
Prevenção
Não há prevenção para a doença de Parkinson. Contudo, médicos indicam que a manutenção do exercício físico, com uma rotina de atividades, pode prevenir doenças mentais relacionadas ao envelhecimento (como Parkinson, Alzheimer e Depressão), além de contribuir durante o tratamento, diminuindo sintomas da doença e melhorando a qualidade de vida (8).
Exercícios físicos aumentam a produção de neurotransmissores, entre eles a dopamina, principal envolvida na área conhecida como substância negra no cérebro. O aumento nos níveis de dopamina pode ajudar não só no tratamento de pacientes como também na melhoria das condições físicas gerais. Trabalhando força e equilíbrio em idosos é possível melhorar sua qualidade de vida, trazendo mais autonomia e bem-estar (8).
Tratamento
O Mal de Parkinson ainda não tem cura. Todo tratamento é realizado para aliviar os sintomas e repor os níveis de dopamina, e assim amenizar os sintomas físicos. Além disso, um trabalho integrado de exercícios indicados por fisioterapeutas pode ajudar a retardar os sintomas. Esses exercícios são principalmente de alongamento, fortalecimento, respiração e treino de marcha, além de outros associados para reforçar equilíbrio e coordenação.
Além de neurologistas e fisioterapeutas, uma equipe de acompanhamento pode contar com psicólogos, fonoaudiologistas e nutricionistas – o cuidado com a alimentação é importante por causa das dificuldades com mastigação, manuseio de talheres e constipação, além de eventuais reações aos remédios. Um tratamento multidisciplinar pode ajudar pacientes a ter uma melhor condição de vida.
Fontes: