Qual a diferença entre os tipos de receitas médicas?

As receitas podem ser brancas ou azuis e indicam um tipo de medicação diferente a ser prescrita.

Publicado em: 23 de março de 2018  e atualizado em: 24 de junho de 2022
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Você já deve ter visto, ao comprar algum medicamento em farmácia ou drogaria, diferença entre os tipos de receitas médicas, principalmente por conta de suas cores diferentes, e ficou na dúvida se estava com o pedido médico correto? Também já se questionou se algum remédio específico precisava de receita, e verificou com um médico ou farmacêutico antes de efetuar a compra? Para tirar estas e outras dúvidas, este artigo ajuda a esclarecer a diferença entre os tipos de receitas médicas existentes no Brasil. 

Além das cores das receitas, as embalagens de medicamentos também podem apresentar diferenças entre as cores. Para saber mais sobre este assunto, visite este link!

Existem diferentes tipos de receitas médicas que o profissional de saúde vai entregar, a depender do tipo de medicamento prescrito, que podem ser receituário branco ou azul. Existem também receituários de cor amarela, específicos para medicamentos de uso controlado, como entorpecentes ou psicotrópicos. 

Receitas de cor branca são usadas para remédios que possuem tarja vermelha, ou seja, que podem ser comercializados sem receita. Algumas necessitam de controle especial, e por isso, você irá receber duas vias da receita – uma delas ficará na farmácia e a outra fica com você.  Antibióticos são prescritos desta forma.

Receitas de cor azul são oficialmente chamadas de “notificação de receituário” e são obrigatórias para medicamentos que podem causar dependência, como psicotrópicos. Tranquilizantes e antidepressivos, por exemplo, estão enquadrados nesta classificação. Cada receita tem numeração controlada, é padronizada e deve estar sempre acompanhada por uma receita branca – a via azul fica retida na farmácia e a via branca fica com o paciente, para acompanhamento do tratamento. Receitas de cor azul também precisam incluir a identificação do paciente e do fornecedor – nome, endereço e telefone de contato.

As regras são estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uma correta prescrição médica. Somente profissionais habilitados podem prescrever medicamentos: médicos, cirurgiões dentistas e médicos veterinários.  A receita médica deve conter também as seguintes informações, obrigatoriamente:

  • Dados do profissional que assina a solicitação: nome, endereço da clínica ou hospital, registro profissional (CRM, por exemplo) e sua especialidade;
  • Dados do paciente: o nome é obrigatório, mas o endereço e a idade podem ser necessários;
  • Nome do medicamento e sua forma farmacêutica;
  • Dose / quantidade e concentração recomendada do medicamento;
  • Orientações do profissional para o paciente;
  • Data, assinatura, nome completo e o número do CRM do profissional
  • No caso de Pediatria, profissionais costumam incluir dados como peso e altura da criança, além de inserir orientações de dietas, efeitos colaterais, repouso ou outras informações sobre o tratamento.

Agora você tem mais informações sobre a receita do medicamento que precisa comprar, mas caso você tenha alguma dúvida não esqueça de falar com seu médico ou profissional de saúde. Ele é a pessoal ideal para te esclarecer. 

Você também pode saber mais sobre como fazer uso racional de medicamentos tendo acesso ao manual Uso Consciente de Medicamentos, que pode ser encontrado no site da Eurofarma, no link https://eurofarma.com.br/uso-consciente-medicamentos.

 

 

 

Fontes: 
1. Medicamentos controlados Informações para profissionais de saúde. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Último acesso em 28 de junho de 2021. 2. Quais critérios devem ser obedecidos pelo prescritor e observados pelo farmacêutico no momento da dispensação quanto às receitas de controle especial e às notificações?. Conselho Federal de Farmácia. Último acesso em 28 de junho de 2021. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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