Os riscos da automedicação

Além de interferir negativamente no tratamento, pode provocar uma intoxicação medicamentosa.

Publicado em: 16 de maio de 2018  e atualizado em: 2 de fevereiro de 2022
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Quando o médico prescreve a receita de um medicamento, ele leva em consideração sintomas e indicações necessárias para o seu tratamento, fatores genéticos, idade e condições de funcionamento dos rins e fígado, além de fatores como hábitos de alimentação e tabagismo, por exemplo, para assim indicar a medicação e a dosagem correta. No caso da automedicação, quando uma pessoa usa medicamentos sem prescrição ou supervisão de um médico, essa orientação não existe, e isto pode ser mais prejudicial do que se imagina, inclusive para doenças do coração e tratamentos contínuos¹.

Por que as pessoas buscam a automedicação?

Principalmente para cuidar de sintomas considerados simples como dor de cabeça, dor de garganta, gripes e resfriados. Analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios estão no topo do consumo de medicamentos que não necessitam de receita médica¹. O uso indevido de medicamentos pode até aliviar os sintomas momentâneos, mas uma dose errada, frequência inadequada ou excesso de consumo podem causar reações graves, se o paciente está em tratamento ou se tem alguma condição médica específica, como no caso de pacientes cardíacos, a recomendação é de atenção extra, pois um medicamento usado erroneamente pode levar a um agravamento desse problema de saúde e maior risco de reações adversas².

Qualquer medicação ou mudança no tratamento precisa ser comunicada ao médico antes de ser colocada em prática. Interações medicamentosas, ou mistura de medicamentos, são tipos especiais de respostas farmacológicas, em que os efeitos de um ou mais medicamentos são alterados pela administração simultânea ou anterior de outros medicamentos, ou através da administração concorrente com alimentos².

Cuidados também para o uso de antibióticos, pois devem ser usados somente para as doenças que são causadas por bactérias e com orientação médica – seu uso indevido pode comprometer a eficácia do tratamento e pode criar resistência bacteriana³. A dosagem e tempo de uso devem seguir a indicação profissional e bula, sempre. Interromper o tratamento antes do período, por conta própria, é um erro comum, que deve ser evitado.

Leia mais sobre Antibióticos: a importância do uso consciente no artigo.

Intoxicação medicamentosa

Crianças entre 1 e 4 anos de idade são as mais suscetíveis a passar por algum quadro de intoxicação acidental, uma vez que nesta idade são bastantes curiosas, porém, sem discernimento para saber o que é certo e errado. Além da medicação, produtos sanitários e de limpeza são os maiores causadores de intoxicação nos pequenos⁴.  

O Manual do Uso Racional e Descarte Correto de Medicamentos da Eurofarma traz algumas dicas sobre como prevenir a intoxicação acidental de medicamentos:

  • Não use argumentos como “o remédio é gostoso” ou “tem cheiro bom” para convencer a criança a tomar o remédio pois pode estimulá-la a tomar por conta própria, quando estiver sozinha. 
  • Sempre descarte adequadamente as sobras dos medicamentos e os que estão vencidos, pois ao fazê-lo de forma errada, pode expor outras pessoas ao risco de contato.
  • Não reaproveite frascos dos medicamentos. 
  • Em casos de acidentes, mantenha a calma, procure imediatamente atendimento médico ou ligue para o Disque Intoxicação da Anvisa: 0800-722-6001. Tenha em mãos a embalagem do produto.
  • Mantenha os medicamentos longe do alcance de crianças. 

Clique na imagem abaixo e confira o Manual do Uso Racional e Descarte Correto de Medicamentos Eurofarma.

Fontes: 1. Automedicação, um velho hábito brasileiro. Fiocruz. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. 2. Automedicação em pacientes cardíacos. Univates. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. 3. A informação é o melhor remédio: riscos da automedicação. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. 4. Orientações para evitar intoxicações. Sociedade de Pediatria de São Paulo. Último acesso em 21 de janeiro de 2022.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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