Qual a diferença entre Demência e Alzheimer?

Confira a diferença entre os tipos de demência e como elas afetam as pessoas

Publicado em: 19 de abril de 2018  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O envelhecimento da população traz mudanças significativas à saúde do brasileiro. Em uma projeção da população feita em 2013, o IBGE estimou que a população acima de 60 anos chegue a 14% do total em 2020 – cerca de 29 milhões de homens e mulheres (1). Junto com o aumento da população vem a preocupação com saúde e cuidados básicos. Quem está acima dos 60 anos ou tem familiares nessa idade, provavelmente já ouviu falar de Demência, Alzheimer, Parkinson, e uma série de síndromes que afetam a cognição e muitas vezes, não têm cura. Mas você sabia que existem tipos de demências diferentes, e que o diagnóstico correto ajuda o paciente e melhora a qualidade de vida?

Antes de tudo, o que é Demência? Demência é um grupo de sintomas que afetam primeiro o cérebro, após a degeneração de células específicas, causando problemas na memória, pensamento e comportamento. Na sequência, pode afetar também outros sistemas, como a coordenação motora e a fala (2).  Alguns dos sintomas comuns a vários tipos de demências são, além dos problemas da memória, a alteração do comportamento, desorientação em relação ao tempo e espaço e dificuldades com a fala e comunicação.

As demências são divididas de acordo com seu efeito no corpo e a área afetada do cérebro. As mais comuns são as demências progressivas, como o Mal de Alzheimer e a Demência Vascular, duas das principais formas de demência que afetam a população. Estima-se que 60% dos casos de demência estejam relacionados a Alzheimer (6), e que cerca de 1,2 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a doença (2).  Aqui, você pode ler mais informações sobre o Mal de Alzheimer. Já a Demência Vascular tem sintomas semelhantes, e é a segunda maior causa de demência, geralmente causada por acidentes vasculares (AVC) conhecidos popularmente como derrames (3). Existem também as demências reversíveis (raras, mas que podem ter tratamento adequado) e as infecciosas, causadas geralmente por um agente externo (6).

Para chegar a um diagnóstico de demência o médico precisa avaliar a condição física do paciente, seu histórico médico, solicitar exames laboratoriais e promover os testes de comportamento associados a cada tipo de demência e assim sugerir o tratamento indicado para cada caso (4). Muitas formas de demência não têm cura, sendo necessário o uso de medicamentos e terapias ocupacionais para aliviar os sintomas e retardar o avanço da doença. Além disso, fatores como depressão, efeitos colaterais de medicamentos, uso excessivo de álcool, problemas relacionados à tireoide e deficiência de vitaminas podem agravar a condição do paciente (4).

Entre os fatores de risco, além da idade e dos fatores genéticos / hereditários, algumas formas de demência podem incluir, entre outros, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, tabagismo e genética. Os cuidados com a saúde, com uma rotina de exercícios e dieta saudável, mais uma vez são recomendados para diminuir os riscos de desenvolver demência (9).

 


 

 
 
Fontes: 1. IBGE 2. Associação Brasileira de Alzheimer 3. Associação Brasileira de Alzheimer 4. Alzheimer’s Association (Brasil) 5. Alzheimer’s Association 6. Alzheimer’s Association 7. Doença de Alzheimer: Revisão da Epidemiologia e Diagnóstico Ivan Aprahamian, José Eduardo Martinelli,  Mônica Sanches Yassuda Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (Impresso). 7(1):27-35, 20090228. tab.São Paulo ISSN 1679-1010 8. Critérios para o diagnóstico da doença de Alzheimer Frota NAF, Nitrini R, Damasceno BP, Forlenza O, Dias-Tosta E, Silva AB, et al. Critérios para o diagnóstico de doença de Alzheimer. Dement. Neuropsychol. 2011;5 supl.1:5-10 9. Diagnóstico diferencial das demências Gallucci Neto, José, Tamelini, Melissa Garcia, & Forlenza, Orestes Vicente. (2005). Diagnóstico diferencial das demências. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)32(3), 119-130.
 


 

 
Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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