Síndrome de Burnout

Acontece quando há um colapso mental e físico por conta do excesso de trabalho

Publicado em: 15 de junho de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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A definição da síndrome de burnout foi detalhada na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora não seja definida como doença ou uma condição de saúde, mas sim, um fenômeno ocupacional, é descrita no capítulo “Fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde”, que inclui razões pelas quais as pessoas procuram os serviços de saúde¹.

Segundo o documento, burnout é uma “síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”. É caracterizada por sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia; aumento do distanciamento mental do próprio trabalho, ou sentimentos de negativismo ou cinismo relacionados ao próprio trabalho; e redução da eficácia profissional¹.

Sua principal causa é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes. Também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir².

Entre os principais sintomas estão: cansaço excessivo físico e mental, dor de cabeça frequente, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, alterações nos batimentos cárdicos, alterações no apetite e no humor, insônia, dificuldade de concentração, sentimentos de fracasso, incompetência e insegurança, negatividade constante e isolamento. Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro e não buscam ajuda médica².

Seu diagnóstico é feito por um profissional especialista (psiquiatra ou psicológico) após análise clínica do paciente. Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda².

O tratamento é realizado basicamente com psicoterapia, podendo incluir o uso de medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos), com os primeiros resultados aparecendo entre um e três meses. Entretanto, pode levar mais tempo, conforme cada caso. Se não houver tratamento adequado, a Síndrome de Burnout pode piorar e os sintomas se agravarem, com a perda total da motivação e distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas².

Mudanças nas condições de trabalho e no estilo de vida são muito positivas. Praticar atividade física regular e exercícios de relaxamento são indicados para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. A melhor forma prevenção é com estratégicas que diminuam o estresse e a pressão no trabalho. Algumas outras dicas²:

  • Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
  • Participe de atividades de lazer com amigos e familiares;
  • Faça atividades que "fujam" à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;
  • Evite o contato com pessoas "negativas", especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros;
  • Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo;
  • Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental;
  • Não se automedique, nem tome remédios sem prescrição médica;
  • Descanse adequadamente, com uma boa noite de sono (pelo menos 8h diárias).
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Fontes: 1- Síndrome de burnout é detalhada em classificação internacional da OMS – Portal das Nações Unidas do Brasil. Último acesso no dia 10 de junho de 2020. 2- Síndrome de Burnout: o que é, quais as causas, sintomas e como tratar – Ministério da Saúde. Último acesso no dia 10 de junho de 2020.

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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