Conheça a Chikungunya

Febre e mal estar no corpo, entre outros sintomas, tem fases muito complicadas para o paciente

Publicado em: 6 de dezembro de 2018  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

A febre de Chikungunya é uma arbovirose (doença com vírus transmitido por artrópodes – como mosquitos) causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), transmitido pela picada das fêmeas de mosquitos Aedes Aegypti e Aedes albopictus infectados1.  Em 2013, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) publicou um alerta epidemiológico sobre os primeiros casos autóctones da doença (contaminação ocorrida dentro do próprio local, sem ter sido trazida de nenhum lugar ou agente), e em 2014 foram registrados mais de um milhão de casos suspeitos em países como México, El Salvador, Porto Rico, Colômbia, Brasil e outros, com 169 mortes2 

No Brasil ocorreu a transmissão autóctone nos estados do Amapá e Bahia em 20143 e hoje o Aedes aegypti pode ser localizado em 4 mil municípios, e o Aedes albopictus, em mais de 3 mil municípios2 no país.  A transmissão do vírus CHIKV é feita pela picada de mosquito infectado. O período de incubação no corpo é entre 3 e 7 dias1. O vírus fica presente no sangue por até dez dias, e os sintomas normalmente aparecem depois de dois dias da contaminação1. Alguns estudos mostram que até 70% das pessoas infectadas apresentam os sintomas da doença – o que é bastante representativo se comparado com outras arboviroses1. A doença pode evoluir em três fases: aguda (febre súbita, dores nas articulações, dores nas costas, erupções na pele, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, neurite, calafrios, faringite, vômitos, diarreia), subaguda (desaparecimento da febre, agravamento das dores nas articulações, inflamação dos tendões do punho, mãos e tornozelos, dormência, perda de força física, bolhas na pele, depressão) e crônica, que é quando os sintomas persistem por mais de três meses1.

Casos crônicos

No caso da crônica, alguns pacientes podem ter a persistência dos sintomas da fase subaguda, principalmente as dores articulares. Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento desta fase da doença: ter acima de 45 anos, ser mulher, ter desordem muscular preexistente e maior intensidade das lesões articulares. Sintomas como fadiga, cefaleia, coceira na pele, alopecia, erupção cutânea, bursite, inflamação nos tendões, enfraquecimento dos sentidos como o tato, parestesias (sensações na pele como frio, calor etc) e outros podem assinalar essa situação crônica da doença. E é uma fase que pode durar até 6 anos em alguns casos.  

Diagnóstico 

A partir dos sintomas, o médico vai analisar a melhor forma de diagnosticar paciente. No entanto, existem alguns testes laboratoriais que podem confirmar a contaminação pelo vírus CHIVK, como uma cultura de vírus ou RT-PCR. A prevenção é o controle da população dos mosquitos transmissores do vírus, como educar as pessoas sobre os riscos da doença e contágio e reduzir os habitats dos mosquitos, como as já muito faladas águas paradas. Pois vale lembrar que não existe um tratamento específico para a Chikungunya, somente terapia para aliviar os sintomas, como hidratação e repouso do paciente1.

 

 


Fontes: 1. Febre de Chikungunya – manejo clínico2017. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde. Último acesso em 16 de junho de 2021.  2. Vigilância de Chikungunya no Brasil: desafios no contexto da Saúde Pública. SILVA, Nayara Messias da; TEIXEIRA, Ricardo Antônio Gonçalves; CARDOSO, Clever Gomes; JUNIOR, João Bosco Siqueira; COELHO, Giovanini Evelim; OLIVEIRA, Ellen Synthia Fernandes de. 2018. Último acesso em 16 de junho de 2021. 3. Informação para profissionais de saúde – Febre de Chikungunya. Organização Pan-Americana de Saúde, Organização Mundial da Saíde. Último acesso em 16 de junho de 2021.

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?