Cálculo renal. O que é e como cuidar
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 850 milhões de pessoas têm doença renal em todo o mundo³.
Publicado em: 22 de maio de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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Os rins são dois órgãos de cor marrom-avermelhada, localizados em ambos os lados da coluna vertebral, na região lombar, logo abaixo do diafragma, por trás do fígado e do estômago. Eles são em forma de feijão e medem, cada um, cerca de 12cm de comprimento por 6cm de largura e 3cm de espessura, pesando aproximadamente 150g¹.

Tem como principais funções eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal (ureia, creatinina, ácido úrico, etc.), manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial e atuar como órgãos produtores de hormônios (eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação da pressão artéria)¹.

A nefrolitíase, mais conhecida como pedra ou cálculo no rim¹, é uma doença causada pela formação de pedrinhas que obstruem o sistema urinário. Essa formação endurecida pode surgir nos rins e atravancar outro ponto do canal urinário. Como o ureter, canal que transporta a urina até a bexiga, é muito estreito, a partícula acaba emperrada. Em decorrência da tentativa de expulsão, surgem fortes dores, exigindo atenção rápida dos médicos².

Geralmente, os primeiros sinais aparecem com uma cólica que começa na região lombar e migra para outras áreas, como na parte baixa do abdome, podendo causar dor na região dos testículos ou dos grandes lábios vaginais, conforme o cálculo desce para as porções finais do ureter. Outros sintomas da pedra no ruim podem apresentar-se como sangue na urina, vontade constante de urinar e náuseas e vômito². Para manter os rins saudáveis, evitando danos irreversíveis para a função renal, é imprescindível¹:

    • Manter uma atenção rigorosa sobre a pressão arterial;
    • O controle da glicemia e da hipertensão no diabético;
    • O diagnóstico da hipertrofia prostática;
    • Detecção precoce de anormalidades urinárias congênitas na infância.

A pedra, quando pequena, geralmente é expelida naturalmente, aumentando a quantidade de líquido ingerido ou, caso o médico ache necessário, injetado na veia. Dependendo do tamanho, alguns procedimentos para fragmentar o cálculo e sua consequente eliminação são indicados. Uma das opções é a litotripsia extracorpórea, a menos agressiva para o organismo, em que ondas eletromagnéticas destroem o material sólido. Na tradicional técnica percutânea, é feita uma incisão nas costas do paciente e um aparelho penetra na pele até atingir o rim para retirar o cálculo. O procedimento exige internação de até cinco dias para recuperação. Atualmente uma técnica mais simples, batizada de uretero-nefrolitotripsia flexível, detona as formações duras com o laser de um aparelho introduzido pela uretra. Nesse método, porém, às vezes uma tentativa é insuficiente. Então, é preciso repetir a cada duas semanas, por até quatro sessões, sempre com anestesia geral. O paciente recebe alta no mesmo dia².

Cuidar dos rins significa ficar longe das doenças renais. Para a prevenção, as dicas são: adotar uma dieta menos salgada e a hidratação, que é indispensável. Idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue³.

 

 
 
 
Fontes: 1. Rim – Portal Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020. 2. Pedras nos rins: causas, sintomas e tratamentos – Veja Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020. 3. Saiba como cuidar dos rins e ficar longe de doenças renais – Portal Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020.

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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