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Excesso de açúcar e sal

Em entrevista com o médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho sobre temas importantes da área, como o consumo de sal e açúcar e o real vilão disso: o excesso. E motivos para se trocar, por exemplo, o açúcar refinado por adoçantes, que não favorecem a liberação de insulina. 


Quais são os vilões do consumo excessivo de sal, açúcar e farinha?

Durval Ribas Filho – Tanto o sódio quanto os carboidratos fazem parte das nossas necessidades de nutrientes diários, o grande vilão está exatamente no exagero. O sal é um íon importantíssimo para o nosso organismo, mas, em excesso, pode causar distúrbios hidroeletrolíticos, também favorecer o fechamento dos vasos sanguíneos e, consequentemente, hipertensão arterial sistêmica. O excesso de açúcar pré-dispõe a uma sobrecarga do pâncreas em produzir insulina, o que pode favorecer ao aparecimento do diabetes, assim como a farinha, que é um carboidrato refinado e que tem essa característica de favorecer as incursões insulínicas e também o diabetes.

É possível consumir com sabedoria esses três itens? O que é recomendável?

Durval Ribas Filho – É possível e necessário a ingestão do sal e dos carboidratos. 40% do sal de cozinha contém sódio, o que significa que em cada 10g de sal de cozinha ingerido, 4g são de sódio. A recomendação é que a ingestão de sódio não ultrapasse 2,5g a 3g por dia. O excesso é prejudicial para o sistema cardiovascular ao médio e longo prazos. Segundo estudos da Associação Americana do Coração, não é recomendável ingerir mais que 100 calorias por dia na forma de açúcares refinados, portanto, tanto o sódio quanto o açúcar podem ser ingeridos, mas dentro deste contexto de quantidade diária.

Trocar açúcar por adoçante no dia a dia é uma boa alternativa?

Durval Ribas Filho – Sim, os adoçantes não favorecem a liberação de insulina e são recomendados para preservação do pâncreas na produção de hormônio.

Fonte: Revista Panorama (informativo interno do Grupo Eurofarma)

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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