Junho laranja: anemia e leucemia

O Junho Laranja é dedicado ao diagnóstico, prevenção e tratamento da anemia e da leucemia

Publicado em: 5 de junho de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O Junho Laranja é dedicado ao diagnóstico, prevenção e tratamento da anemia e da leucemia, ambas ligadas ao sangue, podendo acometer adultos e crianças.

Anemia

A anemia é uma condição representada pela diminuição dos glóbulos vermelhos no sangue ou pela concentração de hemoglobina dentro deles menor que o normal. A hemoglobina é necessária para transportar oxigênio e, se tiver poucos glóbulos vermelhos, ou não houver hemoglobina suficiente, haverá uma capacidade diminuída do sangue para transportá-lo para os tecidos do corpo¹.

A anemia é um grave problema de saúde pública global que afeta particularmente crianças pequenas e mulheres grávidas. A Organização Mundial da Saúde estima que 42% das crianças com menos de 5 anos de idade e 40% das mulheres grávidas em todo o mundo são anêmicas¹. As causas mais comuns de anemia incluem deficiências nutricionais, como falta de ferro, deficiências em folato, vitaminas B12 e A; hemoglobinopatias, que são um grupo de doenças em que há alguma falha na produção da hemoglobina; e doenças infecciosas como malária, tuberculose, HIV e infecções parasitárias¹.

O principal sintoma é o cansaço, a fraqueza, tontura, falta de ar, entre outros. A anemia por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, também demonstrou afetar o desenvolvimento cognitivo e físico em crianças e reduzir a produtividade em adultos¹. Também é a mais comum e é relativamente fácil de tratar por meio de mudanças na dieta¹. O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação dessas células vermelhas do sangue². Confira alguns alimentos que você pode encontrar esse nutriente:

  • Carnes vermelhas, principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras (miúdos), como rim e coração;
  • Carnes de aves e de peixes e mariscos crus;
  • Agrião, couve, cheiro-verde, taioba;
  • Feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha;
  • Grãos integrais ou enriquecidos;
  • Nozes e castanhas, melado de cana, rapadura e açúcar mascavo.

Leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que acontece no sangue, quando alguns glóbulos brancos (responsáveis por combater infecções) perdem a função de proteger e são produzidos de forma descontrolada, acumulando-se na medula óssea e substituindo os glóbulos saudáveis. Ainda não se sabe qual a origem dessa anormalidade3. A leucemia é dividida em subtipos, sendo:

  • Leucemia mieloide aguda (LMA): avança rapidamente e pode atingir tanto adultos quanto crianças, com maior incidência com o aumento da idade;
  • Leucemia mieloide crônica (LMC): afetam as células mieloides e são chamadas mieloide ou mieloblástica, acomete adultos e, no início, desenvolve-se mais lentamente;
  • Leucemia linfocítica aguda (LLA): se agrava rapidamente e é um tipo bem comum em crianças;
  • Leucemia linfocítica crônica (LLC): afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica3, e atinge pessoas com mais de 55 anos e também se desenvolve de forma lenta3.

Os sintomas são comuns entre eles, como a fadiga e a fraqueza, perda de peso, dor óssea, excesso de transpiração noturna e febre, sangramentos, petéquias (manchas vermelhas na pele), gânglios inchados (especialmente no pescoço e axila), entre outros. Ao identificar esses sinais, o paciente deve procurar um médico que irá fazer a avaliação e solicitar os exames pertinentes para investigação, tais como: hemograma, tomografia computadorizada ou até mesmo mielograma e uma biópsia de medula, se necessário3. O tratamento depende do tipo e do estágio do câncer, mas as terapias envolvem basicamente:

  • Quimioterapia – uso de drogas que matam as células e inibem seu crescimento. Pode ser um único medicamento ou uma combinação de diferentes tipos. É o mais indicado para tratar a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfocítica aguda4,5;
  • Radioterapia – por meio da radiação danifica as células e inibe seu crescimento. Não é muito utilizado para tratar leucemias6;
  • Transplante de células-tronco/medula óssea - substitui a medula óssea doente por uma saudável. Pode ser indicada para os quatro subtipos de leucemia4,5,6,7;
  • Inibidores ou terapia alvo – esse tratamento é direcionado para os pacientes portadores de leucemia mieloide crônica, que usa um medicamento oral de inibidores tirosina quinase6.

Em alguns casos pode ser necessário que paciente faça transfusão de sangue, quando a condição da leucemia for aguda. Outros recursos terapêuticos disponíveis são: a terapia imunológica, que consiste em um tratamento que faz o próprio sistema imunológico identificar e atacar as células doentes; o imonomodulador, um medicamento a base de proteína sintética que combate a doença e o leucoferese, uma técnica que se utiliza de uma máquina que retirar os glóbulos brancos do sangue e retorna para a corrente sanguínea as demais células e o plasma. 4,5,6,7

 

Fontes: 1. Anaemia overview – Who. Último acesso no dia 4 de junho de 2020. 2. Anemia – Biblioteca Virtual de Saúde Ministério da Saúde. Último acesso em 4 de junho de 2020. 3. Leucemia – Instituto Nacional de Câncer. Último acesso em 27 de julho de 2020. 4. Tratamento - LMA – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Último acesso em 28 de julho de 2020. 5. Tratamento - LLA – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Último acesso em 28 de julho de 2020. 6. Tratamento – LMC - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Último acesso em 28 de julho de 2020. 7. Tratamento – LLC - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Último acesso em 28 de julho de 2020.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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