Março Azul-marinho | Câncer colorretal

É a cor que se refere ao mês de conscientização contra a doença

Publicado em: 1 de março de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

Azul-marinho é a cor de identificação do mês de março como o de conscientização ao câncer colorretal¹. Cada dia mais comum e bastante agressivo quando diagnosticado tardiamente, o câncer colorretal, também conhecido como de intestino, é um tipo de tumor com enorme ocorrência no Brasil atualmente¹. São mais de 35 mil casos por ano¹. O câncer de intestino ou colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus². É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos². Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos². Os pólipos são adenomas e, portanto, lesões benignas, que crescem na parede do cólon e, quando associados a modos de vida não saudáveis e predisposição genética podem, com o passar do tempo, transformar-se em câncer³.

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras)²O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer².

Os fatores de risco para o câncer colorretal são³ 

    • Fumar; 
    • Consumir bebidas alcoólicas;
    • Ter sobrepeso ou obesidade;
    • Consumir alimentos com alta densidade energética (são aqueles que a cada 100g oferecem 225-275Kcal) e carnes vermelhas; 
    • Consumir carnes (quaisquer tipos, inclusive aves e peixes) preparadas na chapa ou na forma de fritura, grelhado ou churrasco;
    • Consumir pouca quantidade de frutas, legumes, verduras e cereais integrais;
    • Ser sedentário. 

Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama². Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)². Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado².

A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon². Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos².

Sinais e Sintomas² 

Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: 

    • Sangue nas fezes; 
    • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); 
    • Dor ou desconforto abdominal; 
    • Fraqueza e anemia; 
    • Perda de peso sem causa aparente;
    • Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
    • Massa (tumoração) abdominal. 

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico². Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias².

Formas de prevenir

  • Prática de atividades físicas regulares (30 minutos por dia);
  • Maior consumo de frutas, verduras e legumes todos os dias;
  • Aumentar o consumo de cereais integrais como arroz, pães, aveias e outros;
  • Beber pelo menos dois litros de água por dia;
  • Reduzir o consumo de carnes vermelhas para 500g por semana;
  • Evitar carnes salgadas e processadas como o presunto, mortadela, bacon, linguiça, salsicha e outros embutidos;
  • Evitar o consumo de bebidas alcóolicas e tabagismo. 

Diagnóstico² 

O câncer de intestino pode ser curado caso detectado precocemente, antes de se espalhar para outras regiões2. O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio). A detecção é feita por meio de exames clínicos, laboratoriais e radiológicos em pessoas com sintomas, ou em pacientes que apresentam maiores chances de desenvolver a doença2

 

 

 


Fontes:  1. Março Azul-marinho – ICESP. Último acesso em 17 de fevereiro de 2020. 2. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Câncer de intestino2018. Último acesso em 17 de fevereiro de 2020. 3. Cartilha de Prevenção do Câncer de Intertino - Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de fevereiro de 2020. 

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?